Tragédia no Iémen: naufrágio mata 68 migrantes
Por TopAngola ·

Resumo:
Naufrágio no Iémen mata 68 migrantes, 74 desaparecidos e 12 sobreviventes. Papa Leão XIV lamenta; ONU e OIM alertam para o risco extremo dessa rota.
Pontos-chave:
Em 4 de agosto de 2025, na costa do Iémen, um naufrágio vitimou pelo menos 68 migrantes africanos em fuga de conflitos e pobreza. Outros 74 permanecem desaparecidos, segundo a agência de migração da ONU. Dos 154 migrantes a bordo, apenas 12 sobreviveram, com 68 corpos localizados em Khanfar e Zinjibar e o resto presumido morto ou desaparecido.
Em resposta, as autoridades de Abyan mobilizaram uma grande operação de busca e resgate, com equipas especiais atuando na costa sul do país para localizar possíveis sobreviventes. A diretoria de segurança local destacou o desafio logístico diante da extensão da área atingida e das condições marítimas adversas. Desde 2014, mais de centenas de migrantes africanos perderam a vida em naufrágios, refletindo a gravidade da crise migratória no Mar Vermelho.
No Vaticano, o Papa Leão XIV expressou profunda tristeza e invocou força divina para os sobreviventes e famílias das vítimas. Em mensagem oficial, enviada pelo cardeal Parolin, pediu conforto e esperança para os migrantes afetados, ressaltando a urgência de assistência humanitária na região. O texto citou 76 mortos e alertou para o risco crescente dessa rota migratória, agravado por conflitos e pobreza no Corno de África.
Segundo relatório da OIM em março de 2025, mais de 60.000 migrantes chegaram ao Iémen em 2024, contra 97.200 em 2023, devido ao reforço das patrulhas marítimas. Esse decréscimo destaca o impacto das operações de vigilância no fluxo migratório e desafia organizações humanitárias a intensificar assistência e intervenções de proteção ao longo das rotas e nos pontos de desembarque.
Apesar de mais de uma década de guerra civil, o Iémen continua sendo rota vital para migrantes do Corno de África em busca de trabalho no Golfo, onde aguardam oportunidades laborais, num contexto de crise humanitária persistente e instabilidade política. Organizações estimam que o fluxo possa ultrapassar 100.000 em 2025 se não houver medidas humanitárias reforçadas e cooperação internacional efetiva.