Rússia alerta para riscos de guerra nuclear
Por TopAngola ·
Resumo:
Porta-voz Dmitry Peskov avisa que numa guerra nuclear não há vencedores e pede cautela após anúncio de deslocamento de submarinos nucleares dos EUA.
Pontos-chave:
Em 4 de agosto de 2025, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, concedeu entrevista por teleconferência diária aos órgãos de comunicação. Citado pela agência France-Presse (AFP) e pela Lusa, ele enfatizou a necessidade de extrema cautela ao discutir arsenais nucleares, sublinhando a gravidade das declarações públicas sobre a segurança global e potenciais escaladas de conflito.
Peskov lembrou que, em caso de confronto nuclear, não existem vencedores, advertindo para consequências catastróficas que ultrapassam fronteiras e capacidades militares. Segundo ele, qualquer retórica belicista ou demonstração de força aumenta o risco de escalada inadvertida, exigindo responsabilidade política e diplomática de todas as nações envolvidas na discussão de poderes nucleares estratégicos. A declaração surgiu após anúncio de movimentação de submarinos dos EUA, reacendendo dúvidas sobre estabilidade nuclear.
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou na sexta-feira o deslocamento de dois submarinos nucleares da classe Ohio para “zonas apropriadas”, sem detalhar localização. Cada embarcação transporta até 24 mísseis balísticos intercontinentais Trident com múltiplas ogivas, aumentando preocupações sobre equilíbrio estratégico. A medida foi justificada como resposta a comentários provocatórios do ex-presidente russo Dmitri Medvedev e reforça tensão nas relações bilaterais.
Dmitri Medvedev criticou o posicionamento como ameaça e avisou que respostas poderiam ser automáticas pelo sistema “mão morta”, herdado da era soviética. O mecanismo permite retaliação nuclear sem aprovação humana prévia caso ocorra ataque imediato. Analistas apontam que defesa mútua assegurada pode falhar, elevando riscos de lançamento acidental.
Especialistas em segurança global recomendam diálogo urgente entre as potências para reduzir tensões e reforçar tratados de não proliferação. O incidente destaca fragilidade do equilíbrio nuclear, lembrando que retórica inflamada pode resultar em erros de cálculo. Organizações internacionais avaliam monitorar movimentações militares e reforçar canais de comunicação direta para evitar mal-entendidos.
