China e EUA retomam trégua comercial em Londres
Resumo:
China e Estados Unidos retomaram negociações em Londres para consolidar a trégua comercial e buscar soluções sobre tarifas e medidas de retaliação.
Pontos-chave:
Em 10 de junho de 2025, em Londres, foi retomada a rodada de negociações comerciais entre China e Estados Unidos com o objetivo de consolidar uma trégua na guerra tarifária. O encontro, realizado em instalações diplomáticas na capital britânica, reuniu representantes de alto nível dos dois países após mais de um mês da reunião inicial em Genebra. As conversas foram divulgadas pela AFP.
Um porta-voz do Tesouro norte-americano afirmou à AFP que esta segunda etapa visa aprofundar discussões sobre tarifas aplicadas por Washington em diversos setores, bem como as contramedidas adotadas por Pequim. Fontes diplomáticas apontam que as negociações incluem temas como acesso a mercados agrícolas, propriedade intelectual e práticas de subsídios estatais, refletindo a complexidade das disputas comerciais que têm impactado a economia global.
A rodada ocorreu aproximadamente um mês após a primeira reunião em Genebra, onde delegações de ambas as potências definiram o roteiro inicial de diálogo. Na ocasião, discutiram-se propostas de redução gradual de tarifas e mecanismos de monitoramento mútuo para evitar medidas unilaterais. Observadores internacionais destacaram a importância do compromisso político para manter a trégua e evitar escalada de retaliações que repercutem nos mercados mundiais.
O objetivo maior das negociações é estabelecer acordos que minimizem o impacto econômico da guerra comercial iniciada por Washington. As partes buscam definir prazos e critérios para a redução de tarifas em setores como tecnologia, indústria automobilística e produtos agrícolas. Analistas ressaltam que o sucesso das conversas depende de concessões mútuas e da capacidade de ambas as economias em proteger interesses domésticos.
Especialistas do comércio internacional avaliam que as negociações em Londres podem influenciar acordos futuros com outros parceiros, como União Europeia e Mercosul. A continuidade das discussões gera expectativa em mercados acionários e cambiais, já que uma trégua efetiva reduziria incertezas. Apesar de progressos relatados, não se esperam avanços definitivos em curto prazo, ressaltando-se a necessidade de novas rodadas para consolidar entendimentos.
