Sexta-feira, Agosto 15
Resumo

Prisões preventivas de russos por desinformação

Por TopAngola ·

2 min leitura
Prisões preventivas de russos por desinformação

Resumo: 

Cidadãos russos foram mantidos em prisão preventiva em Angola por ligações à África Politology, organização acusada de financiar desinformação.

Pontos-chave:

  • Em Luanda, dois cidadãos russos foram submetidos a prisão preventiva pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC). O juiz de garantias considerou existirem indícios de associação criminosa e financiamento ao terrorismo. A medida estende-se a dois cidadãos angolanos, enquanto um terceiro nacional foi libertado sob termo de identidade e residência. A operação reforça a atenção sobre ameaças híbridas e ameaças à segurança nacional.

  • Os acusados respondem por falsificação de documentos, introdução ilícita de moeda estrangeira em território angolano, associação criminosa, terrorismo e financiamento ao terrorismo. Ígor Racthin e Lev Lakshtanov são apontados como operacionais da África Politology. Embora atuem no digital, o SIC sustenta que também financiam manifestações encenadas e corrompem atores-chave. As investigações identificaram transferências em kwanzas e moedas estrangeiras a jornalistas, políticos e associações profissionais.

  • Segundo o SIC, a África Politology dedica-se a promover campanhas de desinformação e manipulação mediática em Angola. A organização infiltra-se em processos políticos, financia protestos simulados e corrompe meios de comunicação locais. Detalhes apontam que são usadas empresas de fachada para ocultar fluxos financeiros. Esse modelo de influência altera narrativas públicas em benefício de interesses estrangeiros. Durante a operação, foram apreendidos computadores, quantias significativas em moeda nacional e estrangeira.

  • Fontes do Ministério das Relações Exteriores informaram que a missão diplomática russa foi notificada das detenções. O SIC declarou ter frustrado manifestações agendadas para Luanda e Benguela. As autoridades mantêm vigilância reforçada em pontos estratégicos para prevenir novas tentativas de influência. Analistas alertam para riscos de interferência contínua em atos cívicos e processos eleitorais. O mandado foi emitido pelo Ministério Público e executado no início de agosto de 2025.

  • A investigação continua sob coordenação do superintendente-chefe Manuel Halaiwa. As diligências visam identificar outros suspeitos e esclarecer totalmente os crimes que incluem terrorismo e subversão. Observadores sublinham que o caso evidencia a complexidade das operações híbridas, em que desinformação e financiamento clandestino se articulam. O desfecho pode definir precedentes no combate a redes de influência estrangeira em África. Este processo atrai atenção internacional sobre práticas de subversão digital.

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