Segunda-feira, Agosto 18
Resumo

Queda do petróleo não corta salários, diz Angola

Por TopAngola ·

2 min leitura
Queda do petróleo não corta salários, diz Angola

Resumo: 

Ministra das Finanças garante que a queda do petróleo não travará salários em 2025 nem exigirá orçamento extra, mantendo confiança de credores.

Pontos-chave:

  • Em 27 de abril de 2025, em Washington DC, a ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, respondeu à queda do barril para abaixo da referência do OGE-2025. Garantiu que “continuaremos a pagar salários em dia”, apesar da volatilidade do petróleo, e que proteger remunerações é prioridade absoluta para evitar choque na procura interna e sustentar o consumo doméstico nas províncias.

  • Segundo a ministra, não há plano imediato para um orçamento rectificativo. Só será ponderado se o preço baixo persistir por meses. Enquanto isso, a equipa analisa mecanismos de cobertura inspirados no México, usando seguros ou derivados em parceria com o Banco Mundial, para limitar perdas e dar previsibilidade às contas públicas diante de nova instabilidade, caso se confirme uma tendência prolongada de receitas petrolíferas deprimidas.

  • Daves de Sousa reiterou que honrar credores internacionais e locais continua inegociável, pois a reputação de Angola no mercado de dívida “não pode vacilar”. Para compensar eventuais quebras, quer mais eficiência na cobrança, sem criar nem aumentar impostos. “Vamos atingir quem nunca pagou”, explicou, referindo que o departamento fiscal já persegue informalidade e fuga tributária em vários setores produtivos, incluindo inspeções digitais e cruzamento de bases de dados.

  • Parceiros em Washington sugeriram “falar mais inglês” sobre reformas económicas. O Executivo aceita que informação financeira em inglês e relatórios tempestivos ajudam investidores a avaliar riscos. A ministra vê nisso oportunidade de atrair capital privado ao Corredor do Lobito e a outros projectos logísticos, destacando o papel do sector privado na criação de empregos e na diversificação além do petróleo.

  • O salário dos funcionários públicos, sublinhou Vera Daves, possui “efeito multiplicador” sobre o consumo e receita interna; por isso será preservado enquanto o crude sustentar pelo menos 60 % das entradas fiscais. A equipa de Planeamento confirma alinhamento com o Plano de Desenvolvimento Nacional e monitoriza cenários, sem pressa para ajustes, mas pronta a agir se o choque se prolongar.

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