RDC e Ruanda selam paz com apoio dos EUA e Qatar
Por TopAngola ·

Resumo:
RDC e Ruanda firmam paz em Washington, mediada por EUA e Qatar. Inclui desarmamento, integração de ex-combatentes e coordenação de segurança.
Pontos-chave:
Em 27 de junho de 2025, em Washington, equipes técnicas da RDC e do Ruanda concluíram negociações sob mediação dos Estados Unidos e do Qatar. O processo iniciou com a Declaração de Princípios de 25 de abril e envolveu rodadas sucessivas em Doha e na capital norte-americana, visando pôr fim a meses de tensão no leste congolês dominado pelo grupo M23, alinhado a Kigali.
O acordo prevê o desarmamento e a desmobilização de grupos armados não estatais, incluindo o M23 e as milícias da FDLR, bem como a integração condicional de ex-combatentes nas forças regulares. As partes concordaram na criação de um Mecanismo Conjunto de Coordenação de Segurança para monitorar a implementação dos termos, garantindo supervisão internacional e cumprimento das cláusulas de reintegração. O mecanismo terá estratégia de verificação contínua.
Foi acordado que ambos os Estados respeitarão a soberania mútua, proibindo hostilidades e incursões transfronteiriças. O documento ainda aborda a crise humanitária, estabelecendo medidas para retorno seguro de refugiados e deslocados internos, além de facilitar o acesso humanitário. Relatórios indicam mais de 50 mil combatentes do M23 e quatro mil tropas regulares do Ruanda envolvidos no conflito antes do tratado.
A cerimônia ministerial de assinatura contará com a presença da subsecretária norte-americana Allison Hooker e do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. Representantes da RDC e do Ruanda, incluindo Félix Tshisekedi e Paul Kagame, participarão de debates sobre monitoramento. A sessão pública ocorrerá no Departamento de Estado, com transmissão ao vivo e observadores internacionais confirmados. O Qatar atuará como co-patrocinador e observadores da União Africana também foram convidados.
Autoridades afirmam que o pacto marcará um passo decisivo para a estabilidade regional, aliviando as tensões no leste do Congo e promovendo o retorno voluntário de deslocados. Analistas apontam desafios na implementação, especialmente quanto à reintegração social e ao financiamento de mecanismos de segurança. Comunicações oficiais destacam o papel crucial da diplomacia angolana no processo de mediação, valorizado por centros de estudo internacionais.