Londres libera 1,8 bi USD para obras em Angola
Por TopAngola ·

Resumo:
Reino Unido destina 1,8 mil milhões USD para impulsionar infraestruturas e indústria angolanas, revelou o embaixador Joshi na visita ao novo aeroporto.
Pontos-chave:
Em 7 de maio de 2025, no município de Icolo e Bengo, o embaixador britânico Bharat Joshi confirmou que Londres reservou 1,8 mil milhões de dólares para projetos em Angola. O anúncio ocorreu após visita técnica ao Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto, marcando o primeiro grande sinal de financiamento britânico desde a assinatura do acordo de parceria estratégica entre os dois países em 2024.
O diplomata sublinhou que o pacote faz parte de um “programa amplo de financiamento” preparado pelo governo do Reino Unido. As verbas deverão priorizar infra-estruturas de transporte, energia e iniciativas de industrialização que elevem o conteúdo local. Estudos de viabilidade já estão em curso para definir calendários, contrapartidas e mecanismos de supervisão conjunta com os ministérios angolanos competentes.
Uma comitiva chefiada pelo enviado de Comércio britânico, o deputado Calvin Bailey, trouxe mais de 20 técnicos de aviação, finanças e engenharia. Bailey explicou que a missão procura “mapear oportunidades concretas” e fomentar parcerias que permitam a empresas angolanas prestar serviços a outros mercados africanos, ampliando o ecossistema industrial regional a partir de Luanda.
Para os visitantes, o novíssimo AIAAN “simboliza a nova Angola”. Joshi destacou a dimensão da infraestrutura e a possibilidade de transformá-la num hub aéreo para África Austral e Central, atraindo carga, trânsito internacional e investimentos privados. Bailey descreveu o terminal como “prova viva do potencial de atração de capital” e exemplo de como fundos britânicos podem gerar retornos e desenvolvimento simultaneamente.
A localização do aeroporto, próxima ao Parque da Quiçama e a rotas para o interior, também foi vista como peça-chave da estratégia nacional de turismo. O embaixador sustenta que o acesso aéreo facilitará pacotes ecológicos e de safári, ajudando a diversificar a economia. Segundo ele, “há muito por explorar”; o financiamento britânico pretende justamente acelerar projetos complementares em hospedagem, logística e marketing de destino.