Segunda-feira, Agosto 18
Resumo

Rejeição de moedas de 10 e 20 Kz incomoda Luanda

Por TopAngola ·

2 min leitura
Rejeição de moedas de 10 e 20 Kz incomoda Luanda

Resumo: 

Luanda registra rejeição das moedas de 10 e 20 kwanzas por comerciantes e taxistas, elevando custos em mercados informais e impondo sanções legais.

Pontos-chave:

  • Em 3 de junho de 2025, diversos comerciantes e taxistas em Luanda começaram a recusar as moedas de 10 e 20 kwanzas sem qualquer orientação oficial do Banco Nacional de Angola (BNA), gerando surpresa entre consumidores que se viram impedidos de concluir pequenas compras no comércio informal e nos táxis. Essa prática foi observada em mercados do Kikolo, KM30 e outras zonas movimentadas.

  • Segundo o presidente da Associação Nacional dos Taxistas de Angola, Rafael Inácio, o BNA não emitiu nenhum comunicado que invalidasse essas moedas, reforçando que elas são de curso legal e devem ser aceitas em todas as transações. A ANATA alertou que a recusa sem fundamento legal pode resultar em medidas judiciais, de acordo com a Lei das Infrações contra a Economia.

  • Em mercados informais, comerciantes elevaram o preço de produtos que custavam 20 kwanzas para até 50, reflexo direto da escassez de troco e rejeição das moedas. O economista Salvador Napoleão Jacob afirmou que essa prática configura infração econômica e pode acarretar multas ou pena de prisão. Ele lembrou que as moedas foram introduzidas em 2022 como parte da série atual do Kwanza e permanecem em vigor.

  • Muitos cidadãos afirmaram ter identificado a recusa inicialmente em províncias do interior do país e, meses depois, presenciaram o mesmo em Luanda. Um dos populares lamentou: “Não é bom as pessoas tomarem decisão daquilo que, às vezes, tem que ser orientado”, enfatizando a insatisfação geral. Ele destacou que não houve nenhum comunicado oficial do Ministério das Finanças ou do Banco Nacional de Angola que justificasse essa prática.

  • Pressiona-se o Estado a emitir orientações claras para coibir a recusa, com sugestões de punições exemplares. Especialistas recomendam campanhas de esclarecimento e penalidades firmes a fim de restaurar a confiança na moeda nacional e conter abusos em pequenas transações. Eles afirmam que a adoção imediata de medidas ajudará a evitar graves distorções na economia local, especialmente para cidadãos de baixa renda, e a preservar o valor do Kwanza.

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