Rwanda e RDC selam paz em junho na Casa Branca
Por TopAngola ·
Resumo:
Rwanda e RDC terão texto único até fim de maio em Washington; assinatura do acordo de paz está marcada para junho, na Casa Branca, com mediação dos EUA.
Pontos-chave:
Em 6 de maio de 2025, Kigali anunciou que o acordo de paz com a República Democrática do Congo será assinado na Casa Branca em meados de junho. O ministro rwandês Olivier Nduhungirehe apresentou o calendário depois de ambas as capitais entregarem esboços separados a Washington, que atua como mediador oficial através do seu enviado especial para África, Massad Boulos e do Departamento de Estado.
O texto final ainda não está fechado; segundo Nduhungirehe, a próxima etapa será “consolidar as contribuições num único documento”. Essa harmonização caberá aos ministros dos Negócios Estrangeiros dos dois países durante uma reunião marcada para a terceira semana de maio, também em Washington, visando uma versão que contemple segurança e cooperação económica.
Após a reunião ministerial, técnicos jurídicos e militares de Rwanda e RDC terão cerca de três semanas para rever cláusulas de cessar-fogo, desmantelamento de grupos armados e mecanismos de monitorização fronteiriça. Fontes diplomáticas indicam que os EUA disponibilizarão um fundo inicial de apoio logístico e que a União Africana enviará observadores para garantir “implementação transparente” do futuro tratado.
O conflito entre os dois vizinhos já provocou milhares de mortos e deslocados na região dos Grandes Lagos, alimentado por disputas sobre recursos minerais e acusações mútuas de apoio a milícias. Especialistas veem a assinatura em solo norte-americano como sinal de pressão internacional crescente e esperança de estabilidade duradoura num corredor estratégico que liga África Central ao Índico.
Se o cronograma for cumprido, os presidentes Paul Kagame e Félix Tshisekedi aparecerão lado a lado para rubricar o acordo, primeiro encontro formal em mais de dois anos. Diplomatas falam em possível anúncio conjunto de reabertura total das fronteiras e criação de uma comissão mista de desenvolvimento “ao estilo CEDEAO”. A Casa Branca prevê cerimónia mediática com participação de Joe Biden.
