Adeus a Ernesto Gouveia
Por TopAngola ·

Resumo:
O jornalista angolano Ernesto Gouveia, do Novo Jornal e rádio MFM, é velado em Luanda e será sepultado em 4 de maio no Cemitério da Santa Ana.
Pontos-chave:
Em 4 de maio de 2025, às 9h30, o cortejo fúnebre parte em marcha lenta rumo ao Cemitério da Santa Ana, em Luanda, onde Ernesto Gouveia Mungongo será sepultado. O rito encerra dois dias de despedida que começaram no sábado com vigília, flores e missa de corpo presente no Velório do GPL. Familiares e colegas acompanham o caixão sob aplausos discretos.
Antes disso, às 19h00 de sábado, a urna deixa o velório principal e segue para o Hospital Josina Machel, onde pernoita em câmara-ardente no salão do Governo Provincial de Luanda. A logística prevê vigilância, acesso restrito e “último adeus” organizado em turnos de dez minutos para assegurar fluxo constante de público e imprensa. Após a noite, uma equipa de protocolo confirma a integridade do lacre e revisa o roteiro final.
Gouveia, 47, iniciou-se no Jornal Agora e brilhou no Novo Jornal, onde ganhou o Prémio Nacional de Jornalismo em 2013. Passou pela revista Vivo, canal ZAP Viva e tornou-se comentador de rádio MFM. Nos últimos anos dirigiu o Gabinete de Comunicação do Governo de Luanda, consolidando reputação de repórter rigoroso e gestor de informação pública. Colegas lembram que nunca atrasava prazos e insistia em confirmar cada citação antes de publicar.
Durante o velório, o diretor do Novo Jornal definiu-o como “voz lúcida que punha o leitor antes do ego”. A Associação de Jornalistas de Angola pediu minuto de silêncio nas redações e destacou seu exemplo de serviço público. Para muitos repórteres jovens, seu percurso mostra que é possível manter independência mesmo quando se assume funções institucionais. O Sindicato acrescentou que pretende propor seu nome para uma futura sala de imprensa.
Após o sepultamento, o corpo retorna simbolicamente ao Velório do GPL para receção formal de condolências, encerrando protocolo estatal habitual em Angola. Estão confirmadas delegações de órgãos públicos, imprensa privada e representantes da sociedade civil. As mensagens convergem: “perdemos mestre generoso”. A família agradece apoio e pede que a memória do jornalista seja honrada com reporting ético. Prometem publicar coletânea de crónicas ainda em 2025.