SINPROF ameaça greve sem acordo com Educação
Por TopAngola ·
Resumo:
SINPROF ameaça greve nacional se o Ministério da Educação não avançar na atualização de carreiras após duas rodadas de negociação sem acordo.
Pontos-chave:
Em 24 de setembro de 2025, no Sumbe, o Sindicato Nacional dos Professores (SINPROF) anunciou possível greve caso não haja consenso com o Ministério da Educação. A medida decorre de duas rodadas de negociação frustradas. O sindicato exige atualização de categorias e progressão conforme nível académico e tempo de serviço. Ademar Jinguma criticou a falta de vontade da tutela e apontou exemplo do setor da Saúde, que já atualizou carreiras.
Nas duas últimas negociações, SINPROF apresentou Caderno reivindicativo com propostas claras de reclassificação salarial, mas não obteve respostas positivas. Os docentes exigem critérios objetivos para progressão, vinculados ao tempo de serviço e à titulação académica. Sem avanços, o sindicato mantém estado de alerta para mobilizar assembleias de professores em todo o território angolano. A paralisação pode afetar centenas de escolas públicas, impactando diretamente milhares de alunos em fase de avaliação.
“O que o nosso pai não tem é mesmo vontade. Os professores são os que mais reivindicam e necessitam de valorização”, afirmou Ademar Jinguma, ressaltando que a promoção se dá por lei. O secretário-geral reforçou que a greve se torna instrumento legítimo para garantir direitos consagrados. Segundo o líder sindical, a categoria docente não admite mais adiamentos e espera retorno imediato às negociações com propostas de cronograma definido.
O SINPROF comparou o setor da Educação ao da Saúde, que iniciou o processo de atualização de carreiras sem recorrer à greve, e pediu postura similar. Os profissionais da saúde garantiram revisão de tabelas salariais em diálogo direto com o executivo, ação vista como modelo para a educação angolana. A estratégia busca assegurar dignidade e motivação no exercício docente.
Analistas advertem que um eventual movimento de greve poderá comprometer avaliações nacionais e alterar calendário escolar em várias províncias. A pressão do SINPROF intensifica debate público sobre condições de trabalho docente e prioridade política para o setor. Resta saber se o Ministério da Educação aceitará as reivindicações ou se o clima de incerteza persistirá nas próximas rondas. Discute-se ainda impacto socioeconomic em comunidades rurais.
