Tecnologia impulsiona inclusão e emprego
Resumo:
Em Luanda, o ANGOTIC 2025 destacou a tecnologia como ferramenta-chave para reduzir desigualdades, gerar empregos e ampliar a conectividade digital.
Pontos-chave:
Em 13 de junho de 2025, em Luanda, arrancou a quinta edição do Fórum Internacional de Tecnologias de Informação e Comunicação de Angola (ANGOTIC 2025), com mais de 100 empresas e 180 startups participantes. O evento decorreu sob o lema "50 Anos a Comunicar, a Modernizar e a Desenvolver Angola", celebrando o jubileu de ouro da independência nacional e reunindo autoridades, especialistas e investidores do setor tecnológico.
O ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, destacou que Angola atingiu, em abril de 2025, 74 subscritores móveis por cada 100 habitantes, um salto comparativo ao índice de 2002, de apenas 0,77%. Segundo o Ministério das Telecomunicações, cerca de 24 milhões de linhas móveis estavam ativas até setembro de 2023, mas 28% dos usuários tinham acesso à Internet, expondo desafios e oportunidades no setor digital.
O Programa de Expansão e Modernização das Comunicações, inserido no Plano de Desenvolvimento Nacional 2023-2027, estabelece uma agenda digital com metas claras: expandir a conectividade em todo o território, modernizar serviços públicos, estimular o empreendedorismo tecnológico, garantir a cibersegurança e a soberania dos dados, além de capacitar novas gerações para os desafios da economia digital e fomentar um ecossistema de inovação sustentável em Angola.
Segundo o governante, a expansão e modernização das infraestruturas terrestre, submarina e espacial reforçam a interligação provincial e a integração regional. A rede de fibra óptica cobre boa parte do território, conecta capitais e municípios, e se estende aos países vizinhos – Zâmbia, RDC, Namíbia e Congo – por meio de sistemas de cabos submarinos ancorados em Angola, fortalecendo o corredor digital do SADC.
Durante o fórum, salientou-se que a revolução digital global, impulsionada por tecnologias como Inteligência Artificial, computação em nuvem, Internet, 5G, Web3 e computação quântica, vai transformar economias e modos de vida. Os participantes foram chamados à ação colaborativa para desenvolver soluções que reforcem a governança eletrônica, promovam a inclusão produtiva, fortaleçam a segurança cibernética e ampliem o acesso à educação digital em Angola.
