Sexta-feira, Agosto 22
Resumo

Repressão e Terrorismo de Estado em Angola

Por TopAngola ·

2 min leitura
Repressão e Terrorismo de Estado em Angola

Resumo: 

Rafael Marques critica uso da força pelo Governo e acusa o Presidente de praticar terrorismo de Estado ao responder com repressão aos protestos.

Pontos-chave:

  • Em 20 de agosto de 2025, durante entrevistas à Lusa e a outros órgãos, o activista e jornalista Rafael Marques criticou duramente as ações do Governo angolano, acusando o Presidente João Lourenço de liderar um esquema de terrorismo de Estado ao usar a força contra cidadãos que exigiam melhores condições de vida e protestavam contra a crise económico-social e denunciou o elevado número de mortos, feridos e detenções resultantes dos confrontos.

  • Durante a entrevista, Marques destacou que a repressão não alimenta a população e só aprofunda o fosso entre Governo e cidadãos. Ele referiu-se aos tumultos de julho em Luanda, provocados pela greve de taxistas, que resultaram em pelo menos 30 mortes, mais de 200 feridos e várias detenções por crimes de terrorismo e vandalismo. Marques criticou a falta de responsabilização de agentes da polícia dispararam contra civis, ressaltando a impunidade.

  • Marques defendeu reformas urgentes, apontando a necessidade de reduzir o despesismo público, combater a corrupção e promover a eficiência governamental. Segundo ele, é imprescindível investir em políticas sociais para mitigar a fome crescente que leva muitos angolanos a procurar lixo para sobreviver, ao mesmo tempo em que criticou a manutenção do poder sem renovação política. Ele ressaltou a urgência de diálogo e participação cidadã.

  • As detenções recentes envolveram líderes de associações de taxistas, moto-taxistas e lotadores, acusados de crimes como associação criminosa, incitação à violência, atentado contra a segurança nos transportes e terrorismo. Também foram detidos dois cidadãos russos e dois angolanos sob suspeita de falsificação de documentos e financiamento ao terrorismo, segundo informações do Serviço de Investigação Criminal (SIC). Essas ações, afirma o activista, visam fragmentar a sociedade e silenciar vozes dissidentes.

  • Para Marques, a solução passa por unidade nacional e mudanças políticas no seio do MPLA, pressionando por uma causa comum que defenda a soberania popular. Ele alerta que o medo não deve calar a sociedade civil e que a mediocridade só se mantém se eliminar a inteligência, enfatizando a importância de lideranças claras para mobilizar os angolanos em defesa dos seus direitos.

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