Segunda-feira, Agosto 18
Resumo

Trump e Ramaphosa: tensão sobre 'genocídio branco'

Por TopAngola ·

2 min leitura
Trump e Ramaphosa: tensão sobre 'genocídio branco'

Resumo: 

Na Casa Branca, Trump exibiu vídeos e acusou Ramaphosa de “genocídio” contra agricultores brancos; o sul-africano negou expropriações e buscou acalmar tensões.

Pontos-chave:

  • Em 22 de maio de 2025, na Sala Oval da Casa Branca, Donald Trump recebeu Cyril Ramaphosa para a primeira reunião desde que o republicano regressou ao poder. O encontro, solicitado por Pretória, pretendia reaquecer relações bilaterais, mas rapidamente descambou quando Trump exigiu “explicações” sobre alegadas perseguições a agricultores brancos na África do Sul.

  • Trump apagou as luzes e projectou vídeos em que Julius Malema entoa “Kill the Boer”, além de manchetes sobre assassinatos de fazendeiros. Acompanhado por Elon Musk e assessores, acusou Pretória de permitir um “genocídio” e confiscar terras. Ramaphosa, visivelmente calmo, respondeu: “Não, ninguém pode tirar terras”, insistindo que os crimes representam pequena fração da criminalidade geral.

  • Pretória já negara as acusações semanas antes; mesmo assim, Trump ofereceu refúgio a africâneres e expulsou o embaixador sul-africano. Analistas notam que a tensão elevou-se ao pior nível desde o fim do apartheid em 1994. Ramaphosa procurou “falar calmamente sobre todos os assuntos” e elogiou o encontro, estratégia avaliada como tentativa de neutralizar o show mediático.

  • Comentadores compararam a cena ao embaraçoso confronto de abril entre Trump e Volodymyr Zelensky. Desta vez, porém, o líder sul-africano manteve-se impassível, evitando responder em tom elevado e “deixando Trump a falar sozinho”, segundo o Novo Jornal. Nas ruas de Joanesburgo, cidadãos questionaram se era mesmo necessário justificar-se perante Washington.

  • Ramaphosa reiterou que quer ver Trump na Cimeira do G20 em Joanesburgo, em novembro, quando os EUA assumem a presidência rotativa. Observadores dizem que ambos terão de “fazer muito caminho” para recuperar confiança, sobretudo após a aproximação sul-africana à China e Rússia nos BRICS e o processo de genocídio contra Israel levado por Pretória a Haia.

Partilhar este resumo:

Receba as Top 10 notícias do dia, todos os dias

Outros Resumos