UE impulsiona Corredor do Lobito para África
Por TopAngola ·

Resumo:
UE destaca Corredor do Lobito como modelo de cooperação África-Europa e anuncia investimentos em formação, infraestruturas e turismo ao longo de 830 km.
Pontos-chave:
Em 20 de junho de 2025, em Roma, Ursula von der Leyen e Giorgia Meloni copresidiram a cimeira 'Plano Mattei para África e Portal de Entrada Global'. O evento contou com a representação de João Lourenço pelo ministro Téte António e a presença de líderes da Zâmbia, República Democrática do Congo e Tanzânia, além de instituições financeiras internacionais.
Von der Leyen sublinhou o alinhamento entre o Plano Mattei e a iniciativa Global Gateway, ressaltando que ambos nascem para enfrentar desafios comuns e aproveitar oportunidades coletivas. A presidente do executivo comunitário enfatizou o objetivo de reforçar a cooperação África-Europa e mobilizar 150 mil milhões de euros para projetos que beneficiem todos os envolvidos. Segundo a comissária, tais iniciativas devem criar impacto em energia limpa, mercados digitais e corredores económicos.
Destacado como o melhor exemplo, o Corredor do Lobito abrangerá 830 km ligando Angola à Zâmbia através da RDC, criando um centro logístico regional. O projeto prevê transportar minerais e produtos agrícolas pela ferrovia e outros modos de transporte, impulsionando o comércio intra-regional. A infraestrutura inclui pontes, barragens e ligação a portos, com ênfase na formação de mão de obra local e transferência de conhecimentos.
No mesmo dia, foram assinados três acordos de financiamento com Angola para alavancar todo o impacto do corredor. Serão investidos fundos em formação profissional, garantindo competências locais, além de apoio à comercialização de produtos alimentares nacionais e ao desenvolvimento do turismo nas regiões envolvidas. Essas medidas visam criar emprego, estimular cadeias de valor regionais e promover o crescimento sustentável em todas as economias locais ao longo do corredor.
Von der Leyen afirmou que atrair novos investimentos para África é do interesse mútuo, criticando a redução de fundos por outras nações. Ela reforçou que infraestrutura sem formação seria incompleta e que a capacitação de trabalhadores locais assegura transferência de conhecimentos e impactos positivos em economias africanas. Destacou ainda metas para energia limpa e ligação de mercados digitais, construindo corredores económicos modernos com benefícios duradouros.