UNITA alerta para violações e protestos
Por TopAngola ·

Resumo:
UNITA critica mortes e detenções arbitrárias nos protestos de 28 a 30 de julho, condena execuções sumárias e uso desproporcional da força.
Pontos-chave:
Em 28 a 30 de julho de 2025, taxistas em Angola paralisaram os serviços contra a alta dos combustíveis e tarifas de transportes públicos. O ato, classificado como direito constitucional de defesa dos associados, acabou gerando tumultos, pilhagens e confrontos com forças de segurança, marcando o início de uma crise política e social que mobilizou organizações de defesa de direitos humanos.
Segundo dados oficiais, os protestos resultaram em 30 mortos, 277 feridos e mais de 1.500 detenções, segundo registros policiais. Esse balanço alarmante expõe o cenário de tensão e a violência nas ruas, repercutindo em críticas de partidos de oposição que denunciam falhas governamentais na gestão de crises e na proteção da população. Nos últimos anos, reforça a urgência de investigação independente e prestação de contas por parte das autoridades.
A UNITA declara que as manifestações evidenciam o agravamento da precária situação social e econômica das populações, expostas à fome e à pobreza. O partido vinca a legitimidade das associações de taxistas e critica as políticas governamentais que, segundo o comunicado, falharam na redistribuição de renda e na defesa dos direitos fundamentais consagrados na Constituição angolana. O texto ressalta ainda a necessidade de diálogo político e de reformas estruturais para restaurar a estabilidade e confiança na gestão pública.
O comunicado da UNITA condena veementemente as execuções sumárias de cidadãos indefesos e as detenções arbitrárias, classificando-as como violações do artigo 30 e do artigo 63 da Constituição. O partido repudia o uso desproporcional da força pelas forças de defesa e segurança e exige apuração de responsabilidades, justiça às vítimas e garantia de respeito ao devido processo legal. Propõe ainda monitoramento internacional e participação ativa de organizações não governamentais nos debates sobre direitos humanos no país.
Além disso, a UNITA lamenta o silêncio do Presidente da República sobre essas violações e aponta omissão no cumprimento de funções previstas no artigo 108 da CRA. O partido exorta a comunidade internacional a acompanhar a situação e alerta para riscos de endurecimento do regime, teme retrocessos democráticos e defende imediata abertura de canais de diálogo. Reforça a urgência de resposta governamental para evitar escalada e proteger direitos civis.
3 Fontes
Unita Critica Silêncio Do General “4 Em 1” Sobre “execuções Sumárias”
UNITA diz que “protestos demostram agravamento da situação precária das populações”
UNITA diz que clima que se vive em Angola "sugere estar em marcha processo de transição do autoritarismo para a ditadura, com retorno ao mono-partidarismo de infeliz memória"