UNITA mantém disputa sobre composição da CNE
Por TopAngola ·
Resumo:
UNITA reafirma impasse na composição da Comissão Nacional Eleitoral e recorre ao Tribunal Constitucional. Analistas apontam impactos no calendário eleitoral, destacando riscos de atrasos e desgaste político entre as principais forças do país.
Pontos-chave:
Em 21 de agosto de 2025, o UNITA reiterou que não existe consenso relativo à composição da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) após a aprovação do Pacote Legislativo Eleitoral no Parlamento. O partido contesta a Resolução n.º 118/2024 e afirma que o acordo sobre o número de comissários não supera a disputa jurídica em curso, gerando impasse nas negociações políticas e busca alternativas institucionais.
A UNITA formalizou um Recurso de Apelação ao Tribunal Constitucional, evidenciando a ausência de diálogo efetivo com o Governo e o Parlamento. No documento, o partido sustenta que a composição atual da CNE viola princípios democráticos e fere os resultados eleitorais de 2022. A medida visa suspender atos preparatórios para o processo eleitoral até decisão definitiva sobre a contenda judicial interna.
Segundo analistas, a insistência em não indicar comissários para a CNE pode gerar atrasos significativos no calendário eleitoral e minar a confiança entre as forças políticas. O conflito entre UNITA e o MPLA torna-se mais intenso, com reflexos na perceção nacional e internacional. Observadores destacam que o impasse compromete o cumprimento das próximas etapas eleitorais, incluindo a formação dos órgãos responsáveis pela fiscalização.
Em comunicado, a liderança do UNITA salienta que a Resolução n.º 118/2024 impõe uma composição injusta e contrária ao espírito democrático, desconsiderando os resultados de 2022. A posição reforça o compromisso com a legalidade, a transparência e a verdade eleitoral. Os dirigentes do partido afirmam estar dispostos a negociar, mas exigem revisão completa da distribuição de comissários antes de qualquer avanço prático.
O impasse político coloca em xeque o calendário eleitoral de 2025 e eleva a tensão entre os principais atores. Especialistas recomendam diálogo imediato para evitar crise institucional e garantir a credibilidade do processo de votação. A UNITA mantém vigilância sobre cada etapa e planeja mobilizar delegados no XIV Congresso Ordinário em busca de soluções consensuais. A decisão do Tribunal Constitucional será crucial para o desfecho.
