Intolerância política atinge delegação da UNITA

Por TopAngola · há 2 meses

Resumo: 

A UNITA denunciou emboscada a sua delegação em Galanga, Huambo. Exige investigação rápida e responsabilização dos autores da intolerância política.

Pontos-chave:

• Em 30 de maio de 2025, a delegação da UNITA liderada pelo deputado Apollo Yakuvela foi emboscada em Galanga, província do Huambo, durante missão para implementação de estruturas partidárias. Alegados militantes do MPLA agrediram fisicamente membros da comitiva, interrompendo com violência o exercício político. A UNITA considera o incidente um atentado hediondo aos direitos democráticos garantidos pela Constituição angolana. Pedido oficial requer investigação urgente e responsabilização dos envolvidos.

• Historicamente, a UNITA tem denunciado episódios de violência política, incluindo ataque a caravana parlamentar em Abril de 2024 no Cuando Cubango e agressões em Caxito, em Maio deste ano. O Grupo Parlamentar salientou que tais ocorrências são recorrentes, refletindo retrocessos na consolidação do Estado de direito e da reconciliação nacional, e pediu ação firme das autoridades competentes para coibir a impunidade e fortalecimento das instituições democráticas.

• Em reação, Carolina Cerqueira, presidente da Assembleia Nacional, expressou solidariedade a Apollo Yakuvela, repeliu a violência e pediu às autoridades esclarecimentos imediatos. A nota oficial afirmou augurar rápido retorno às funções do deputado e responsabilização legal dos autores. A UNITA e demais atores civis, como organizações de direitos humanos, foram convocados a denunciar todos os atos de intolerância política no país e apoiar vítimas desses ataques.

• O Grupo Parlamentar da UNITA anunciou a realização de uma ação de repúdio à intolerância política, à má governação e à impunidade em data a determinar no Huambo. A iniciativa visa mobilizar sociedade civil, igrejas e comunicação social, realçando o papel de cada cidadão na defesa da paz democrática e na cobrança pública por justiça efetiva contra atentados à dignidade humana e fortalecer mecanismos de proteção constitucional.

• No documento, a UNITA questiona o silêncio da Mesa da Assembleia Nacional e repudia a falta de ação do Ministério do Interior, da Polícia e do Governo Provincial do Huambo. O partido apelou ao Presidente da República para usar sua influência política e exigir comprometimento com a democracia, justiça e cultura de paz, evitando que episódios similares comprometam o futuro do Estado democrático de direito.