Valdir Paulo dá emprego a Angorioca no Grupo VAGU
Por TopAngola ·

Resumo:
Empresário Valdir Paulo contrata Angorioca para o Grupo VAGU após ele voltar ao comércio de rua, oferecendo formação e nova chance de estabilidade.
Pontos-chave:
Em 3 de maio de 2025, o empresário Valdir Paulo anunciou, em Luanda, que Angorioca, conhecido pela sua história de superação, será contratado pelo Grupo VAGU. O anúncio surge dias depois de o vendedor ambulante reaparecer nas ruas, reacendendo nas redes sociais debates sobre oportunidades para quem quer recomeçar com dignidade. A decisão foi divulgada publicamente num comunicado e repercutiu-se rapidamente.
Segundo Valdir, o gesto visa “mostrar que o sucesso é possível quando existe apoio”. O Grupo VAGU, um dos conglomerados nacionais em expansão, dará a Angorioca contrato formal, salário fixo e acesso a formação interna. O empresário sublinhou que a contratação serve de exemplo de segunda oportunidade, argumento que ganhou força após a audiência de Angorioca no Fly Podcast expor as dificuldades do autoemprego informal.
O plano de integração inclui acompanhamento de carreira durante seis meses, com tutoria em vendas e logística. Angorioca será colocado numa linha de distribuição de retalho, área alinhada com a sua experiência de vendedor de rua. Cursos de literacia financeira e coaching motivacional também fazem parte do pacote, indicou a direcção de recursos humanos, que pretende medir progresso em metas trimestrais claras.
A nomeação gerou forte reacção positiva. Em menos de 24 horas, a publicação de Valdir ultrapassou 15 000 partilhas e 12 000 comentários, muitos exaltando solidariedade corporativa. Influencers como Kanguimbo Ananias elogiaram a iniciativa como “case” de responsabilidade social que pode inspirar outras empresas. Entretanto, alguns alertaram para a necessidade de acompanhamento contínuo para evitar que a promessa se limite a marketing.
Especialistas em emprego informal lembram que cerca de 80 % dos trabalhadores urbanos vivem fora do sector formal em Angola. Casos como o de Angorioca mostram, segundo a economista Rosa Sá, que “a transição só ocorre quando o sector privado cria pontes reais”. O Grupo VAGU afirma que irá divulgar relatórios de progresso, usando o episódio para defender reformas pró-empreendedorismo inclusivo.