Caos e vandalismo na greve dos taxistas em Luanda
Por TopAngola ·

Resumo:
Atos de vandalismo e pilhagem na greve dos taxistas em Luanda causaram quatro mortes, mais de 500 detenções e danos em bens públicos e privados.
Pontos-chave:
Em 28 de julho de 2025, em Luanda, iniciou-se uma greve de taxistas contra o aumento do preço do combustível. Embora convocada como uma manifestação pacífica, o movimento foi tomado por episódios de vandalismo e motins em diversas zonas da cidade. Ruas foram bloqueadas com barricadas e queima de pneus, enquanto grupos de manifestantes saqueavam lojas e atacavam autocarros públicos, gerando pânico entre moradores e comerciantes.
A ação resultou em quatro mortes, confirmadas pela Polícia Nacional, e em mais de 500 detenções de cidadãos suspeitos de envolvimento nos distúrbios. Forças de segurança usaram gás lacrimogéneo e munição não letal para dispersar as manifestações, confrontando barricadas improvisadas e apedrejamentos. Hospitais da capital registaram atendimentos de feridos por estilhaços de vidros e choques com agentes, aumentando a tensão na população.
Diversas entidades, incluindo o Ministério do Interior e o MPLA, condenaram os atos como premeditados e atentatórios da ordem pública, classificando-os como sabotagem contra o Estado. A UNITA e a AJPD pediram diálogo e criticaram a repressão, defendendo investigação transparente e punição exemplar. Organizações religiosas e juvenis também apelar à moderação, ressaltando a urgência de escuta ativa das reivindicações socioeconómicas sem recorrer à violência.
O transporte público permaneceu paralisado por horas, com comboios suspensos e estações bloqueadas, afetando milhares de passageiros. Estabelecimentos comerciais reduziram horários ou fecharam temporariamente para proteger funcionários e inventário, conforme comunicado da Ecodima. Eventos empresariais foram adiados, como o Fórum Banca, e o comércio informal também sofreu saques, provocando prejuízos estimados em milhões de kwanzas e agravando a crise económica local.
As autoridades anunciaram reforço do patrulhamento e instalação de perímetros de segurança para restabelecer a normalidade. O Governo Provincial de Luanda apelou à serenidade e ao civismo, enquanto a ANATA negou envolvimento direto dos taxistas nos distúrbios. Analistas apontam que o episódio revela fracturas sociais profundas e que a solução depende de reformas económicas, diálogo estruturado e medidas de justiça social para evitar novos confrontos.
24 Fontes
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Religiosos condenam vandalismo e exortam autoridades a ouvirem “justas reivindicações”
“Nada justifica os actos de vandalismo perpetrados pelos nossos compatriotas” – Adílson Hach
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