Decisão no caso Caleb gera controvérsia: dois absolvidos e um condenado
O Tribunal da Comarca de Luanda absolveu, nesta segunda-feira (9), os arguidos Solange Paulina e Pelenda André das acusações de homicídio qualificado contra Nzinga da Silva Miguel, conhecido por “Caleb”. Já Sebastião Simão foi considerado culpado e condenado a 20 anos de prisão, além do pagamento de uma indemnização de 1 milhão de kwanzas à família da vítima.
Durante o julgamento, ficou provado que Caleb foi brutalmente agredido até à morte, após ter sido acusado de roubar o telefone de Solange Paulina. A arguida gritou por socorro, o que motivou moradores da zona a perseguirem e agredirem o jovem. O tribunal concluiu que apenas Sebastião Simão teve participação directa no espancamento que resultou na morte de Caleb.
A absolvição de Paulina e Pelenda deveu-se à falta de provas que comprovassem envolvimento directo no homicídio. Segundo a decisão judicial, a responsabilidade criminal recaiu exclusivamente sobre Simão, com base em testemunhos e elementos recolhidos durante a fase de instrução e julgamento.
A sentença gerou diferentes reações entre os familiares e a comunidade local, encerrando mais um capítulo de um caso que chocou a opinião pública.
Enquanto dois dos acusados foram absolvidos por falta de provas conclusivas, um terceiro foi condenado, o que levantou questionamentos e intensos debates nas redes sociais. Para muitos, a sentença representa uma falha na responsabilização completa dos envolvidos; já outros defendem que a decisão respeita os limites da legalidade e do princípio da presunção de inocência.
