Paragens de táxi em Luanda registam enchentes face à subida da corrida a 300 kz

Foi através do comunicado emitido no último domingo (06), pela Associação Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), que os cidadãos angolanos ficaram a saber que, ao invés de 200, passam agora a pagar 300 kwanzas por cada corrida de táxi, e ainda 200 nos autocarros. No entanto, um dia depois do anúncio, paragens de táxis mostraram-se abarrotadas
O fluxo de pessoas registado nos términos de táxis colectivos deve-se também ao facto de parte dos cidadãos só tomar conhecimento da medida na manhã desta Segunda-feira quando estes se dirigiam, maioritariamente para o trabalho. Sendo assim, lamentam o facto de o preço do táxi ter subido, sendo que afirmam que isto poderá afectar significativamente a forma como vivem, pois “no salário baixo que se recebe, tem de se descontar o valor do táxi”.
Zonas como em Viana, registaram um amontoado de gente, dado, também, à falta de transportes. Outro problema apresentado pelos citadinos é a apetência dos taxistas em fazerem linhas curtas, o que aumenta a dificuldade dos angolanos. Entretanto, o Movimento dos Estudantes de Angola (MEA) não se mostrou indiferente à medida da subida dos preços dos transportes públicos e não só, pelo que tornou público uma nota de repúdio.
“A nova tarifa de 300 kwanzas para táxis colectivos e 200 kwanzas para autocarros urbanos representa um duro golpe para milhares de estudantes e jovens que dependem diariamente destes meios de transporte para se deslocarem às suas instituições de ensino, locais de estágio e trabalho informal. Esta medida é socialmente injusta, sobretudo num contexto de crise económica e desemprego juvenil elevado”, lia-se na nota em defesa do dos estudantes.