Terça-feira, Agosto 12
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Preços em Moçambique sofrem nova deflação em Julho

Forbes África Lusófona3 min leitura
Preços em Moçambique sofrem nova deflação em Julho

Os preços em Moçambique sofreram nova deflação em Julho, pelo quarto mês consecutivo, a oitava em 15 meses, influenciada pela queda nos combustíveis, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

O Índice de Preços no Consumidor (IPC) de Julho do INE indica que Moçambique “registou uma queda de preços na ordem de 0,22%” face a Junho, voltando a destacar-se o sector da alimentação e bebidas não alcoólicas, e dos transportes, ao contribuírem no total da variação mensal com 0,21 e 0,11 pontos percentuais negativos, respectivamente.

“Desagregando a variação mensal por produto, é de destacar a queda dos preços do tomate (8,7%), do gasóleo (4,8%), da gasolina (1,5%), da couve (6,4%), do repolho (15,9%), da cebola (4,7%) e da alface (10,2%). Estes contribuíram no total da variação mensal com cerca de 0,33 pontos percentuais negativos”, lê-se.

Trata-se da oitava deflação nos preços em Moçambique em menos de um ano e meio, depois de o IPC ter registado uma queda de preços de 0,11% em Agosto, de 0,05% em Julho, de 0,21% em Junho e de 0,38% em Maio, de 2024, além de 0,38% em Abril, 0,36% em Maio e 0,7% em Junho deste ano, repetida no mês passado (0,22%).

O INE refere igualmente que, quando comparado com 2024, o IPC indica uma subida de preços homóloga em julho de 3,96% (4,15% em Junho), influenciada sobretudo pelas divisões de alimentação e bebidas não alcoólicas, bem como da de restaurantes, hotéis, cafés e similares, que aumentaram num ano 8,99% e 8,91%, respetivamente.

A inflação acumulada de 2024, segundo dados anteriores do INE, fixou-se nos 4,15%, que compara com os 5,3% de 2023, mas abaixo do pico de quase 13% atingido em Julho de 2022.

O Governo prevê que Moçambique feche 2025 com uma inflação em torno de 7%.

O Banco de Moçambique estima que a inflação anual vai continuar a desacelerar nos próximos meses, reflectindo a recente decisão de isentar de IVA alguns produtos básicos e reduzir em até 60% as tarifas de portagens.

“No curto prazo, prevê-se a manutenção da tendência para desaceleração da inflação anual, a refletir o impacto da isenção do IVA nos produtos básicos (açúcar, óleo alimentar e sabão), o ajustamento em baixa das tarifas de água e portagens e a queda dos preços de alimentos no mercado internacional, num contexto de estabilidade do metical”, lê-se no relatório de Conjuntura Económica e Perspectivas de Inflação, noticiado em Maio pela Lusa.

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