África e Angola Apoiam Estado da Palestina
Por TopAngola ·
Resumo:
Angola e a União Africana defendem um Estado soberano da Palestina com Jerusalém Ocidental como capital e apelam ao diálogo imediato.
Pontos-chave:
Em 23 de setembro de 2025, na 80.ª Assembleia Geral da ONU, João Lourenço, em nome da União Africana, defendeu a criação de um Estado soberano da Palestina com Jerusalém Ocidental como capital. O líder angolano discursou durante a Conferência Internacional de Alto Nível para Solução Pacífica da questão da Palestina e Implementação da Solução de Dois Estados. O evento foi marcante.
João Lourenço salientou que o conflito não se resolverá com recurso às armas, por mais sofisticadas que sejam, e apelou à comunidade internacional para usar todos os meios ao seu alcance. O diálogo é a única saída para alcançar uma paz definitiva. A intervenção enfatizou a urgência de medidas diplomáticas e a mobilização de organismos regionais e globais e o reforço de iniciativas da ONU.
Durante o discurso, o Presidente da União Africana expressou profunda preocupação com a situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, onde crianças e famílias enfrentam fome e condições sub-humanas diariamente. Alertou para a necessidade de acesso contínuo a medicamentos, alimentos e abrigo, criticando o uso da assistência como arma de guerra e defendendo o respeito aos direitos fundamentais. Também exigiu a suspensão imediata de medidas que obstruam o fluxo de ajuda.
João Lourenço repudiou os atos de violência gratuita praticados pelo Hamas contra civis israelitas e a reação desproporcional de Israel com uso de tanques, aviões e artilharia pesada contra população civil na Palestina. Defendeu que nenhum ataque deve visar jornalistas, médicos ou agências humanitárias, sublinhando o princípio de proteção às populações não combatentes. Reforçou que o caminho está no entendimento mútuo e na negociação.
Referiu-se à "Declaração Política de Nova Iorque sobre a Resolução Pacífica da Questão da Palestina e Implementação da Solução de Dois Estados", adotada em 12 de setembro, como prova do consenso internacional crescente. Destacou que essa declaração reforça a urgência de encerrar a guerra em Gaza e de avançar com negociações baseadas em direitos soberanos e segurança mútua. Enfatizou o papel da UA no acompanhamento.
