Sexta-feira, Setembro 12
Resumo

Conta corrente de Angola cai 45,4% no 2º trimestre

Por TopAngola ·

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Conta corrente de Angola cai 45,4% no 2º trimestre

Resumo: 

Angola registou superavit de USD 294 milhões na conta corrente no 2º trimestre de 2025, mas o saldo encolheu 45,4% face ao trimestre anterior.

Pontos-chave:

  • No segundo trimestre de 2025, a conta corrente de Angola apresentou um superavit de USD 294,4 milhões, equivalente a cerca de 0,8% do Produto Interno Bruto. De acordo com relatório do Banco Nacional de Angola consultado pela Forbes África Lusófona, este saldo representa uma contração de 45,4% face aos três meses anteriores, indicando variações marcantes nos fluxos económicos externos do país.

  • Segundo o Banco Nacional de Angola, a contração de 45,4% deveu-se principalmente à redução da conta de bens, que retraiu 8,6%, e ao agravamento do saldo deficitário da conta de transferências correntes, com aumento de 90,7%. A conta de rendimentos primários também contribuiu para a diminuição, registando um decréscimo de 0,5%. Por fim, a conta de serviços foi o único subsegmento a registar alívio, com melhoria de 9,6%.

  • A conta capital e financeira apresentou um superavit de USD 238,9 milhões, revertendo o défice de USD 955 milhões registado no trimestre anterior. Este excedente decorreu dos robustos fluxos líquidos de Investimento Direto Estrangeiro e houve agravamento de USD 638,9 milhões no défice da posição líquida de investimento internacional, provocado pelo aumento dos passivos com não residentes. O relatório do Banco Nacional de Angola realça estas variações no financiamento externo.

  • Quanto às reservas internacionais, o stock atingiu USD 15 660,6 milhões no final do segundo trimestre de 2025, garantindo uma cobertura de 8,8 meses de importação de bens e serviços. Este nível robusto atua como um colchão financeiro, reforçando a liquidez externa de Angola e melhorando a resiliência da economia face a choques externos significativos e flutuações nos mercados globais.

  • Especialistas económicos, incluindo analistas do Banco Nacional de Angola e consultores independentes, avaliam que a significativa contração da conta corrente poderá pressionar as reservas de divisas e aumentar a volatilidade cambial. O cenário exige respostas políticas urgentes, nomeadamente a diversificação das exportações, incentivos ao investimento estrangeiro e reformas estruturais que promovam competitividade e garantam estabilidade macroeconómica de longo prazo em Angola.

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