Sexta-feira, Setembro 12
Resumo

Líderes da África Exigem Financiamento Já

Por TopAngola ·

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Líderes da África Exigem Financiamento Já

Resumo: 

Chefes de Estado da UA pedem subsídios em vez de empréstimos aos países ricos para garantir a transição energética justa e US$3 bilhões até 2030.

Pontos-chave:

  • Em 11 de setembro de 2025, na capital da Etiópia, Adis Abeba, realizou-se a segunda Cimeira do Clima de África, organizada pela União Africana. Durante o encontro, os chefes de Estado adotaram oficialmente a Declaração de Adis Abeba sobre Mudanças Climáticas e Chamada à Acção, documento que estabelece prioridades de financiamento e estratégias para enfrentar os desafios ambientais no continente nos próximos anos.

  • Os líderes africanos enfatizaram que os países desenvolvidos devem cumprir os seus compromissos financeiros históricos, alinhando recursos com as prioridades definidas pela África. Segundo o documento, as nações ricas devem canalizar fundos para projetos de energia renovável, adaptação climática e infraestrutura sustentável, promovendo parcerias público-privadas e mecanismos de monitoramento eficazes, respeitando a equidade e a urgência do continente diante das crescentes ameaças ambientais e ao bem-estar das populações locais.

  • Os chefes de Estado recordaram que a África necessita de mais de três biliões de dólares para cumprir as metas climáticas até 2030. Entre 2021 e 2022, o continente recebeu apenas 30 mil milhões de dólares, o que evidencia um desfasamento crítico no financiamento. A lacuna financeira reforça a necessidade de alianças internacionais robustas e de instrumentos financeiros adequados à realidade africana, com enfoque em subsídios.

  • Para evitar o agravamento da dívida soberana, a Declaração solicita que os recursos sejam distribuídos através de subvenções, não de empréstimos onerosos. Os líderes afirmam que essa abordagem garantirá apoio mais equitativo e oportuno, sem comprometer a capacidade orçamental dos Estados africanos. A dívida crescente poderia minar os esforços de desenvolvimento sustentável e agravar a vulnerabilidade económica de comunidades já expostas às mudanças climáticas.

  • O texto também destaca a importância de parcerias público-privadas e a mobilização de recursos internos, estimulando a inovação local. Os líderes exigem mecanismos transparentes de monitorização e o desembolso equitativo dos fundos, assegurando que as comunidades mais afetadas recebam apoio prioritário. Reforça-se que a cooperação internacional deve incluir transferências tecnológicas e capacitação, fortalecendo a resiliência ambiental e socioeconómica do continente a longo prazo.

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