Finlândia acusa Hungria e Eslováquia
Por TopAngola ·

Resumo:
Stubb acusou Hungria e Eslováquia de financiar a guerra russa ao manter compras de petróleo e gás, beneficiando de isenção da UE via oleoduto Droujba.
Pontos-chave:
Em 11 de setembro de 2025, o Presidente finlandês Alexander Stubb declarou numa conferência conjunta em Kiev que Hungria e Eslováquia continuam a alimentar o esforço bélico russo comprando petróleo e gás, apesar das sanções impostas pela União Europeia desde fevereiro de 2022, e destacou críticas de lideranças ocidentais ao veto parcial que beneficia apenas estes dois Estados-Membros, e reiterou apelos para coordenação mais rígida entre aliados.
Segundo Stubb, líderes como Donald Trump também manifestaram insatisfação com as importações europeias de gás e petróleo russos, afirmando durante conversas telefónicas com chefes de Estado que essas aquisições comprometem os esforços de pressão diplomática e militar contra Moscovo e reforçam diretamente a máquina de guerra do Kremlin e auxiliaram no financiamento de operações de combate em solo ucraniano, segundo relato citado pela agência AFP.
Além disso, Stubb destacou o papel do oleoduto Droujba, responsável por transportar petróleo russo para Hungria e Eslováquia e que goza de isenção temporária da UE. Ele ressaltou que, apesar de múltiplos ataques recentes reivindicados por forças ucranianas ao longo de seu traçado, o mecanismo continua ativo, permitindo a importação de milhões de barris que sustentam o esforço militar de Moscovo.
Em reação às denúncias, o primeiro-ministro eslovaco Robert Fico e autoridades de Budapeste defenderam que as compras de energia russa ocorrem em conformidade com as exceções aprovadas pela UE. Segundo seus pronunciamentos, as medidas visam assegurar o abastecimento doméstico durante a crise de preços e oferta, e negam qualquer envolvimento direto no financiamento de operações militares, atribuindo restrições adicionais a iniciativas futuras.
Especialistas apontam que a controvérsia evidencia fissuras na coesão da União Europeia face à Rússia, com implicações geopolíticas e económicas. Em Bruxelas, discute-se a inclusão de um embargo total ao petróleo russo no 19.º pacote de sanções, que poderá obrigar todos os Estados-Membros a interromper importações. A medida visa aumentar o impacto das restrições sobre o orçamento militar de Moscovo e reforçar a pressão diplomática.