Angola fatura milhões com exportação de petróleo
Por TopAngola ·

Resumo:
Angola registou receitas significativas com petróleo no segundo trimestre de 2025 e no quarto trimestre de 2024, impulsionadas pelas exportações.
Pontos-chave:
Angola registou um volume de exportações petrolíferas equivalente a 4,6 mil milhões de kwanzas no quarto trimestre de 2024, destacou o secretário de Estado para a Indústria, Carlos Rodrigues. Esta cifra inclui as vendas de petróleo bruto que impulsionaram as receitas externas do país. A divulgação oficial realçou a importância do setor energético como pilar fundamental para o fortalecimento da balança comercial nacional.
Segundo dados oficiais, Angola exportou 82,92 milhões de barris de petróleo bruto que renderam 5,6 mil milhões de dólares no segundo trimestre de 2025, revelou o secretário de Estado para os Recursos Minerais, Jânio Victor. O resultado financeiro consolidou a posição do país no mercado internacional de hidrocarbonetos, destacando o peso das exportações petrolíferas nas receitas públicas e a relevância estratégica do setor energético para a economia nacional.
As principais rotas de exportação no segundo trimestre evidenciaram a China como destino líder, com 55,81% do volume total de petróleo bruto exportado. Em seguida, destacaram-se Indonésia (9,27%), Índia (8,39%), Holanda (5,96%) e Espanha (4%). Estes dados ressaltam a diversificação dos parceiros comerciais e a dependência de mercados específicos para o escoamento das exportações petrolíferas angolanas. A concentração em poucos destinos reflete as relações históricas e acordos comerciais estabelecidos.
No que se refere ao gás natural, Angola exportou cerca de 1,35 milhões de toneladas métricas no segundo trimestre, das quais 86% corresponderam a GNL (LNG). O valor bruto dessas exportações atingiu 754,7 milhões de dólares, representando um aumento de 19,1% face ao período anterior. O desempenho reforça o potencial do setor de gás como complemento estratégico às receitas advindas do petróleo.
O cenário de preços no mercado internacional de petróleo caracterizou-se por forte volatilidade, influenciada por fatores geopolíticos e económicos. A guerra comercial entre EUA e China, a expansão da produção da OPEP+, do Cazaquistão e da Guiana, bem como o aumento dos estoques norte-americanos, exerceram pressão descendente sobre cotações. Analistas apontam ainda o fraco rácio de utilização de refinarias e a revisão em baixa das previsões de crescimento global.