Angola reduz dívida com a China e fortalece reservas
Por TopAngola ·

Resumo:
Angola reduziu dívida com a China para 8,9 mil milhões de dólares e projeta 7,5 até 2025. País fortaleceu reservas e prioriza endividamento interno.
Pontos-chave:
Em 2025, Angola reduziu a sua dívida com a China de 10 para 8,9 mil milhões de dólares. Segundo Dorivaldo Teixeira, diretor da Unidade de Gestão da Dívida do Ministério das Finanças, esta diminuição foi anunciada durante o balanço semestral em Luanda. As projeções indicam que, até ao fim do ano, a dívida poderá recuar ainda mais, alcançando 7,5 mil milhões de dólares.
Os pagamentos realizados incluem empréstimos colateralizados com petróleo, que têm sido liquidados de forma contínua. A estratégia adotada resultou numa redução anual média de cerca de 2 mil milhões de dólares. Essa trajetória reforça a credibilidade de Angola junto de credores internacionais e enfatiza o papel do setor petrolífero na gestão do serviço da dívida. A meta é manter disciplina fiscal e responsabilidade financeira.
As reservas internacionais cresceram de 14 para 15,5 mil milhões de dólares, fortalecendo a capacidade do país para enfrentar choques externos, como oscilações no preço do petróleo. Esta melhoria confere maior liquidez e confiança aos investidores. O aumento reflete o equilíbrio entre receitas petrolíferas e despesas do Estado. Especialistas destacam que níveis mais elevados de resiliência financeira são cruciais para a estabilidade macroecnômica de Angola.
O Governo angolano tem privilegiado o financiamento interno, que corresponde a 99% das operações a taxa fixa, reduzindo a dependência de recursos externos. Essa abordagem visa garantir maior previsibilidade nas despesas públicas e mitigar riscos cambiais. Contudo, o acesso a fundos internacionais continua essencial para projetos de grande escala. A gestão equilibrada entre fontes internas e externas é considerada uma peça-chave na estratégia de médio prazo.
O Ministério das Finanças enfatiza que a redução da dívida externa faz parte de uma estratégia de médio e longo prazos, com metas claras de aumentar a capacidade interna de concessão de crédito. A diminuição da exposição cambial busca promover um câmbio estável e estimular o crescimento econômico. Analistas afirmam que a consolidação dessa política pode atrair investimentos e fortalecer a solvência do Estado angolano em cenários adversos.