Domingo, Julho 20
Resumo

CPLP: Soberania Alimentar e Nova Liderança

Por TopAngola ·

2 min leitura
CPLP: Soberania Alimentar e Nova Liderança

Resumo: 

Angola propõe Plataforma de Soberania Alimentar na CPLP, nomeia Fátima Jardim Executiva (2025–2027) e reforça cooperação concreta contra a fome.

Pontos-chave:

  • Em 19 de julho de 2025, durante a XV Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP em Bissau, Angola apresentou duas propostas centrais. O ministro Téte António destacou o imperativo de uma ação mais eficiente, criticando discursos vazios e defendendo soluções práticas. A abertura contou com líderes de Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e o anfitrião Umaro Sissoco Embaló, reafirmando espírito de união lusófona.

  • A proposta angolana visa criar uma Plataforma para a Soberania Alimentar dentro da CPLP, com objetivo de facilitar intercâmbio de boas práticas, mobilização de recursos e cooperação técnica. O modelo privilegia produção sustentável e adaptação às mudanças climáticas, promovendo transferência de tecnologia. Segundo Téte António, o mecanismo deverá medir resultados em hectares cultivados e comunidades beneficiadas, assegurando responsabilidade compartilhada entre membros da comunidade linguística.

  • Em Angola, já funcionam iniciativas como o Plano de Desenvolvimento das Agrovilas, o Programa de Agricultura Comercial e as Escolas de Campo, que formaram mais de 1,2 milhões de famílias rurais. Esses projetos fortalecem capacidades locais e valorizam técnicas modernas de cultivo. A experiência nacional demonstra impacto positivo na segurança alimentar e serve de exemplo para replicação transnacional, reforçando alianças e reduzindo vulnerabilidades em regiões mais fragilizadas.

  • Ao mesmo tempo, a diplomata Maria de Fátima Monteiro Jardim foi eleita Secretária Executiva da CPLP para o período 2025–2027. Com trajetória em Pescas, Ambiente e representação em negociações do Acordo de Paris, ela aporta conhecimento multissetorial. Jardim também foi Vice-Presidente do Conselho da FAO em nome de África e Embaixadora em Itália, consolidando credenciais para implementar agendas de cooperação e promover a língua portuguesa como fator de unidade.

  • Representantes de Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe e o secretário executivo saído, Zacarias da Costa, saudaram ambas as iniciativas. Há um consenso crescente sobre a necessidade de transformar compromissos em resultados mensuráveis, como hectares cultivados ou número de beneficiados. A proposta angolana sinaliza um novo impulso, combinando soberania alimentar e liderança diplomática, para tornar a CPLP mais eficaz e próxima das realidades dos países lusófonos.

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