Economia angolana impulsionada por crédito de 31%
Por TopAngola ·

Resumo:
Em junho de 2025, o crédito bruto à economia nacional cresceu 31% em termos homólogos. O BNA manteve taxas e reduziu a reserva obrigatória.
Pontos-chave:
Em junho de 2025, o governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Manuel Tiago Dias, anunciou no Soyo um crescimento homólogo de 31% no crédito bruto concedido à economia nacional, invertendo a tendência anterior de preferência por financiamento ao Governo em detrimento do setor privado. O anúncio ocorreu após dois dias de reuniões do Comité de Política Monetária, realçando mudanças estratégicas voltadas ao fortalecimento do mercado empresarial angolano.
De acordo com o comunicado final, o BNA decidiu manter inalteradas as taxas de Facilidade de Cedência, Absorção de Liquidez e a base da taxa BNA, ao mesmo tempo em que promoveu a redução da taxa de reserva obrigatória, conferindo folga aos bancos para ampliarem o financiamento ao setor produtivo. Esta medida visa sustentar o crescimento das empresas dos setores de agricultura, indústria e comércio, apoiando a diversificação da economia.
O resultado representa uma clara inversão das tendências anteriores, em que a banca exibiu maior inclinação a direcionar recursos para o setor público. Agora, as instituições financeiras mostram-se mais dispostas a investir em projetos privados, fortalecendo a resiliência da economia face aos atuais desafios globais e internos. Essa dinâmica deve impulsionar a criação de empregos e promover um crescimento económico mais sustentável e inclusivo para Angola.
Comparando com o mesmo período do ano anterior, o volume de crédito direcionado às empresas elevou-se significativamente, reforçando a confiança no mercado doméstico. Analistas destacam que a conjuntura favorável das políticas do BNA, aliada a um ambiente de negócios mais estável, pode atrair novos investimentos estrangeiros. Este cenário poderá fomentar parcerias público-privadas e apoiar importantes iniciativas de inovação tecnológica no país.
O próximo relatório do BNA, previsto para o fim de julho, poderá revelar se a trajetória de crédito se mantém ou se ajustes nas políticas monetárias serão necessários. Observadores aguardam também a evolução das taxas de juro e o impacto das medidas na liquidez do sistema bancário. Setores como energia e infraestrutura monitoram atentamente as decisões, pois dependem do acesso a crédito para a execução de projetos essenciais.