BNA multa Banco Keve em mil milhões de Kwanzas
Por TopAngola ·

Resumo:
O BNA multou o Banco Keve em mil milhões de Kwanzas por falhas na avaliação de risco e na comunicação, visando coibir branqueamento de capitais.
Pontos-chave:
Em 5 de setembro de 2025, o Banco Nacional de Angola (BNA) anunciou a aplicação de uma multa de mil milhões de Kwanzas ao Banco Keve por incumprimento de normas de prevenção de branqueamento de capitais. A decisão, considerada grave, decorre de operações financeiras de 2022 que não cumpriram obrigações de avaliação de risco, identificação adequada de clientes e diligência reforçada.
Segundo o comunicado oficial do BNA, as infrações abrangem falhas na avaliação de risco, na identificação de beneficiários finais e na comunicação de operações suspeitas, violando a Lei n.º 05/20, de 27 de janeiro. Os artigos 9.º, 14.º, 17.º e 28.º foram citados como base legal para a sanção pecuniária. O BNA reforçou que continuará a monitorar o setor para garantir a conformidade contínua.
A sanção pecuniária pretende reforçar o cumprimento da Lei do Regime Geral das Instituições Financeiras e das normas de combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo. O regulador sublinha a importância da dissuasão de condutas semelhantes para fortalecer a integridade do sistema financeiro angolano. Esta abordagem visa não só punir infrações passadas, mas também dissuadir práticas de risco e estimular melhores padrões de compliance em todas as instituições.
O Banco Keve, com sede em Luanda, tem como acionistas principais a Spot Investimentos (37%), Rui Campos (30%) e Vasco Campos (9%), enquanto os restantes 24% estão distribuídos entre outros investidores. A penalidade pode afetar a solidez financeira do banco e exige reorganização dos processos internos de compliance para evitar futuras sanções. Especialistas indicam reforço de sistemas de controlo interno e formação de funcionários em due diligence.
Analistas referem que a penalização do Banco Keve serve de alerta para o setor bancário angolano, motivando outras instituições a reforçarem os seus mecanismos de avaliação de risco e relatórios de operações suspeitas. Espera-se maior vigilância por parte do BNA, com inspeções e auditorias regulares para manter níveis elevados de transparência. Esta postura pode levar a ajustes de políticas internas e reforço de compliance em todo o sistema.