Bolsonaro cumpre prisão domiciliar e gera tensão
Por TopAngola ·
Resumo:
Bolsonaro teve a prisão domiciliar reforçada pelo STF com pulseira eletrónica e restrições, gerando protestos no Brasil e críticas internacionais.
Pontos-chave:
Em 5 de agosto de 2025, o Ministro Alexandre de Moraes do STF determinou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro na sua residência em Brasília, ordenando o uso de pulseira eletrónica, restrição de visitas e recolha de telemóvel, devido a alegados descumprimentos de medidas cautelares impostas em 2023 e incentivo a ataques ao Supremo Tribunal Federal. O ex-presidente também está proibido de comunicar com outros réus e autoridades estrangeiras.
O magistrado fundamentou a decisão no “reiterado descumprimento” de cláusulas cautelares, incluindo o uso de perfis de aliados e familiares nas redes sociais para incitar ataques ao STF e pedir intervenção estrangeira. Segundo a decisão, Bolsonaro violou as limitações de expressão pública estabelecidas em 2023 ao transmitir mensagens de apoio a uma intervenção estrangeira no Judiciário.
No domingo, milhares de apoiantes de Bolsonaro saíram às ruas de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília em protesto contra as restrições e exigindo anistia a acusados de golpismo. Apesar da proibição de comparecer, o ex-presidente fez um discurso por videochamada, cujas falas foram usadas como prova de violação das medidas cautelares em vigor. Essas ações refletiram a polarização política que divide o país.
Os Estados Unidos condenaram a ordem de Alexandre de Moraes que impôs prisão domiciliar a Bolsonaro, afirmando que restringir sua defesa pública “não é um serviço público”. Em nota oficial, o governo americano prometeu responsabilizar quem colaborar com medidas sancionadas e criticou a possibilidade de aplicar tarifas de 50% ao Brasil como retaliação pela “perseguição judicial” ao ex-presidente. A declaração foi divulgada em redes sociais e reforça tensões diplomáticas.
Bolsonaro é acusado pelo Ministério Público brasileiro de liderar uma conspiração para impedir a posse de Lula da Silva em 2023, tendo discutido com ministros e militares formas de anular resultados eleitorais. Entre as acusações, consta a incitação de ataques às sedes dos três poderes e a suposta intenção de assassinar o então presidente eleito, intensificando a crise política e judicial no país. O caso continua a dividir opiniões.
