Cabo Verde decreta luto e mobiliza reconstrução
Por TopAngola ·

Resumo:
Cabo Verde decretou dois dias de luto e calamidade após chuvas que causaram sete mortes, desalojaram famílias e deixaram danos em infraestruturas.
Pontos-chave:
Em 12 de agosto de 2025, Cabo Verde enfrentou chuva intensa na ilha de São Vicente, resultando em inundações súbitas e danos generalizados. As precipitações ultrapassaram 100 milímetros em poucas horas, forçando intervenções de emergência e colocando em risco a população local. Autoridades registaram estragos em vias públicas e residências, além de interrupções no fornecimento de energia elétrica e abastecimento de água potável.
O Governo, liderado pelo Primeiro-Ministro Ulisses Correia e Silva, decretou dois dias de luto nacional e declarou situação de calamidade para mobilizar recursos internos e externos. Foram acionados fundos de emergência e estabelecidas parcerias com instituições internacionais, incluindo a União Europeia e o Banco Mundial, visando reparação de infraestruturas, desobstrução de vias e apoio às famílias afetadas pela intempérie. Estas medidas objetivam também suporte logístico às populações deslocadas.
As chuvas provocaram a morte de sete pessoas em São Vicente, com registo de desaparecidos e múltiplos desalojados. Equipes de resgate vasculharam áreas inundadas durante a madrugada, prestando primeiros socorros e transportando vítimas a unidades de saúde. Mais de 200 famílias foram removidas de zonas de risco, recebendo alojamento temporário e assistência médica até que as condições se estabilizem. Voluntários de associações locais colaboraram com distribuição de donativos e mantimentos.
O Governo disponibilizou casas sociais em Vila Rozar, na zona de Iraque, e em Ribeira de Julião para alojamento temporário, enquanto técnicos avaliam danos e planejam a reconstrução. Infraestruturas danificadas incluem pontes, estradas e redes de saneamento. Empresas de construção civil, em parceria com o Estado, iniciaram obras emergenciais de reparo e restabelecimento de serviços essenciais nas áreas mais afetadas. Este esforço visa reduzir riscos e retomar a normalidade rapidamente.
O Presidente José Maria Neves expressou solidariedade às famílias enlutadas por meio de carta oficial, destacando a unidade nacional como pilar de superação. As forças de segurança, protecção civil e bombeiros trabalharam incansavelmente no salvamento de vítimas e no restabelecimento da ordem. Apelos foram feitos à diáspora e à sociedade civil para doações e apoio conjunto na fase de reconstrução pós-catástrofe. Iniciativas locais também mobilizaram voluntários para limpeza e suporte.