Caos no Trânsito e Desafios do Ano Lectivo
Por TopAngola ·

Resumo:
Luanda enfrenta congestionamentos na Av. Brasil por obras de drenagem no início do ano lectivo. Pais relatam preços altos de material escolar e falta de condições nas escolas.
Pontos-chave:
Em Luanda, a principal Av. Brasil, vital para ligação entre Rangel e Ingombota, sofre estreitamento devido a obras de drenagem. Este condicionamento provoca longas filas de trânsito nos dois sentidos, sobretudo junto à ex-DINIC e Hospital Américo Boavida, afetando a mobilidade urbana. Os automobilistas reclamam que as intervenções ocorrem durante as chuvas, agravando problemas de saneamento e aumentando os riscos de inundações e atrasos diários.
Vários condutores expressam preocupação com a duração dos trabalhos, temendo que o prazo se estenda até o final de 2025 ou início de 2026. A defasagem no cronograma gera incerteza quanto à fluidez do tráfego, especialmente no reinício do ano lectivo, época marcada por maior circulação. A alternativa sugerida pelo GPL de desviar o tráfego pela Rua Soba Mandume tem sido criticada por causar congestionamentos equivalentes.
No arranque do ano lectivo 2025/2026, mais de 9,7 milhões de alunos estão matriculados no ensino geral em todo o país. A ministra de Estado para a Área Social, Maria Bragança, anunciou acréscimo de 3.347 novas salas de aula, totalizando 130 mil unidades disponíveis. O lema oficial, "Aprender com Tecnologia, inovar com criatividade e transformar com paixão", reforça o compromisso com a modernização do sistema educativo.
Em províncias como Cubango e Cuando, pais e encarregados de educação relatam dificuldades para adquirir material escolar devido aos preços elevados. Cadernos e canetas por aluno podem ultrapassar 15.000 kwanzas (cerca de 14 euros), onerando famílias com múltiplos filhos. Vendedores defendem que preços se mantêm estáveis, mas a desvalorização do kwanza e a escassez de produtos nas lojas intensificam a crise financeira nos lares angolanos.
O Movimento de Estudantes Angolanos (MEA) alerta para a falta de equipamentos e más condições em diversas escolas no início do ano lectivo. Dificuldades no acesso às matrículas e carência de infraestruturas impactam a qualidade do ensino, segundo o presidente do MEA. As associações estudantis pedem maior fiscalização e investimento urgente em manutenção, recursos pedagógicos e infraestrutura básica para garantir segurança e aprendizagem.
4 Fontes
Luanda: Automobilistas reclamam do condicionamento na Av. Brasil devido a obras no tempo das chuvas e o início do ano lectivo
Aberto ano lectivo 2025/2026 com mais de nove milhões de alunos matriculados
Angola: Arranque do ano letivo marcado por preços altos
Falta de condições nas escolas marca arranque lectivo, alerta associação