Gás: Sonagás e revendedores frente à escassez
Por TopAngola ·

Resumo:
Sonagás atribui falta de gás ao fechamento de revendedores para evitar vandalismo. Assegura 55 mil botijas por dia sem aumento de preço.
Pontos-chave:
Em 11 de agosto de 2025, em Luanda, a população enfrenta dificuldades para encontrar botijas de gás, apesar das afirmações oficiais de abastecimento normal. As filas continuam nos pontos de venda, refletindo desconformidade entre o estoque anunciado e a disponibilidade real. Moradores questionam as estatísticas oficiais de stock e relatam que revendedores encerraram lojas por medo de vandalismo. Em alguns locais, o preço subiu para 5 000 kwanzas.
Em comunicado, a Sonagás esclareceu que a escassez se deveu ao fechamento de revendedores, que suspenderam vendas para proteger patrimônios. Manuel Barros, presidente da Comissão Executiva, enfatizou a capacidade da empresa para disponibilizar 55 000 botijas de gás por dia, assegurando que não houve alterações no preço, mantido em 1 200 kwanzas por quilo. O anúncio ocorreu após visitas da equipe da Sonagás a pontos de venda retomados no fim de semana.
Consumidores e comerciantes relatam longas filas e criticam falta de transparência sobre estoque disponível. Em bairros periféricos de Luanda, agentes independentes elevaram o valor da garrafa para até 5 000 kwanzas, quase cinco vezes o preço oficial cobrado nos postos autorizados. Apesar disso, a Sonagás assegura que a situação voltou à normalidade, nega aumentos e reforça que não haverá reajuste nos próximos meses.
Autoridades locais comunicaram que ações de segurança e o receio de manifestações recentes motivaram o fechamento de diversos pontos de revenda, reforçando a necessidade de proteção de instalações e dos funcionários. A Sonagás justificou a medida como preventiva e temporária, afirmando que todos os contratos com parceiros comerciais permanecem vigentes e que o abastecimento regular retornará logo após a estabilização do cenário.
Analistas sugerem que o governo e a Sonagás devem acelerar processos logísticos, como a flexibilização de rotas de transporte e o reforço da segurança nos pontos de venda autorizados. Espera-se que a introdução de 55 mil botijas diárias alivie gradualmente a escassez, mas a resolução definitiva pode depender de um equilíbrio entre demanda crescente e a capacidade de distribuição nacional.