Quarta-feira, Junho 11
Resumo

Generais Dino e Kopelipa no Banco dos Réus

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Generais Dino e Kopelipa no Banco dos Réus

Resumo: 

O julgamento dos generais Dino e Kopelipa segue a portas fechadas, sem imprensa, na fase de produção de provas do processo nº 38/2022.

Pontos-chave:

  • Em 9 de junho de 2025, o Supremo Tribunal retoma a fase de produção de provas do processo nº 38/2022, envolvendo os generais Leopoldino do Nascimento “Dino” e Manuel Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa”. A audiência decorre a portas fechadas, sem a presença de jornalistas, conforme reiterado pelo tribunal, mantendo o sigilo e proibindo cobertura jornalística durante os depoimentos das partes acusadas.

  • O Ministério Público imputa aos militares crimes como peculato, burla por defraudação, falsificação de documentos, associação criminosa, abuso de poder, branqueamento de capitais e tráfico de influência. Também figuram arguidas empresas como China International Fund (CIF), Plansmart International Limited e Utter Right International Limited, além do advogado Fernando Gomes dos Santos e do cidadão chinês Yiu Haiming, fortalecendo a complexidade do caso.

  • Durante o interrogatório, Dino declarou que foi convidado por Manuel Vicente a reestruturar a CIF para projetos de reconstrução pós-guerra, enquanto Kopelipa negou qualquer dano ao Estado, alegando que executou apenas projetos aprovados pelo Conselho de Ministros. Ambos atribuem ao ex-vice-presidente responsabilidades centrais, realçando o papel de José Eduardo dos Santos e da Sonangol no plano de investimento com empresas chinesas.

  • O tribunal reitera que esta fase ocorre a portas fechadas e anuncia que apenas será permitida cobertura jornalística na leitura do acórdão. Não há previsão de transmissão ao vivo ou acesso restrito de repórteres, reforçando o caráter reservado do julgamento. Analistas observam que a falta de transparência pode afetar a percepção pública e levantar dúvidas sobre a imparcialidade do processo.

  • Espera-se que, após a fase de provas, o tribunal delibere sobre a sentença em data a ser agendada, considerando depoimentos e documentos apresentados. Observadores sublinham que este processo, de alto impacto político, servirá de teste ao sistema judicial angolano. A decisão final poderá influenciar a confiança em instituições estatais e estabelecer precedentes para casos de grande visibilidade envolvendo altos oficiais e investidores estrangeiros.

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