INAC regista violência e fuga à paternidade
Por TopAngola ·

Resumo:
O INAC registou 457 queixas de violência, incluindo 116 fugas à paternidade e 13 de abuso sexual. Denuncie pelo 15015 ou portaldacrianca.gov.ao.
Pontos-chave:
Em 8 de setembro de 2025, o Instituto Nacional da Criança (INAC) registou um total de 457 denúncias de violência contra menores em Angola. O boletim semanal revela que estes incidentes ocorreram nas províncias de Bié, Benguela, Cunene, Huambo, Luanda e Namibe. A compilação de dados serve para sensibilizar autoridades e sociedade civil sobre a urgência de respostas efetivas. Os números abrangem várias formas de abuso destinadas a comprovar tendências.
O relatório destaca 116 casos de fuga à paternidade, em que responsáveis legais se afastaram após nascimento de filhos. Registaram-se ainda 79 ocorrências de exploração de trabalho infantil, 13 incidentes de abuso sexual e 46 eventuais agressões físicas ou psicológicas. Este panorama preocupante reforça a necessidade de medidas preventivas coordenadas por entidades governamentais e organizações não governamentais. A análise territorial insere cada caso no contexto socioeconómico das seis províncias afetadas.
No município de Viana, em Luanda, um adolescente de 12 anos foi brutalmente espancado pelo tio de 30 anos. As queimaduras nos membros superiores foram causadas quando o agressor alegou ter mexido em pertences pessoais sem autorização. A gravidade dos ferimentos motivou intervenção policial, mas o agressor permanece em parte incerta, levantando preocupações sobre a segurança de vítimas vulneráveis. O episódio revela falhas nas redes de proteção.
No município da Catumbela, em Benguela, uma menor de 13 anos sofreu abusos sexuais praticados pelo próprio pai, de 38 anos, que se aproveitou da fragilidade da criança. O episódio expõe vulnerabilidade de meninas em ambientes familiares disfuncionais. As autoridades locais investigam o caso para responsabilizar o agressor e reforçar mecanismos de proteção infantil na região. A investigação visa orientar programas de apoio psicológico e fortalecer políticas de combate.
Para todos os casos de violência infantil, o INAC apela às populações para denunciarem ou suspeitas pelos canais oficiais: telefone 15015 S.O.S e site portaldacrianca.gov.ao. A ampla participação comunitária é essencial para identificar e interromper ciclos de maus-tratos, garantir proteção imediata das vítimas e responsabilização dos agressores em conformidade com a lei. Cada denúncia fornece dados para prevenção e apoio às crianças, fortalecendo redes de atendimento e políticas públicas.