Refinaria de Cabinda impulsiona autossuficiência
Por TopAngola ·

Resumo:
Primeira fase da Refinaria de Cabinda, com 30 mil barris/dia, reforça autossuficiência nacional, atrai investimentos, reduz importações e cria empregos.
Pontos-chave:
Em 1 de setembro de 2025, o Presidente João Lourenço inaugurou a primeira fase da Refinaria de Cabinda, um projeto estratégico que inicia operações com capacidade de 30 mil barris de petróleo por dia. A cerimônia contou com autoridades nacionais, investidores privados e representantes da Sonangol, reforçando o compromisso do Estado com a expansão da infraestrutura energética. O investimento global supera US$ 473 milhões e envolve financiamento internacional e parcerias público-privadas.
Com investimento total de US$ 473 milhões, dos quais 335 milhões captados via financiamento sindicado, a refinaria resulta de parceria entre a Sonangol (10 %) e investidores privados, como a Gemcorp (90 %). Essa aliança fortalece o ambiente de negócios em Angola e atrai instituições como AFC, Afreximbank, IDC, BADEA e BFA, demonstrando confiança internacional no setor energético nacional. Esses recursos financiarão infraestrutura logística, programas de capacitação e modernização de unidades de refino.
Até o momento, o projeto gerou mais de 3.300 empregos diretos e mobilizou cerca de 90 empresas locais em Cabinda, impulsionando a economia regional. Foi também lançado um programa intensivo de capacitação que formou 700 angolanos, com meta de alcançar 5 000 técnicos qualificados em 12 meses. O foco é promover transferência de tecnologia e fortalecer a mão de obra nacional. Além disso, espera-se que o empreendimento dinamize setores adjacentes, como transporte e serviços, beneficiando comunidades locais.
A unidade processa derivados essenciais como gasóleo, querosene de aviação (Jet A1), fuelóleo pesado e nafta e, após comissionamento, iniciará testes de operação comercial em cerca de três meses. A segunda fase, já em preparação, dobrará a capacidade para 60 mil barris por dia, consolidando Angola como produtor e refinador autônomo. A estratégia inclui zero flaring e padrões internacionais de sustentabilidade. O projeto é executado pela Odebrecht Angola na engenharia e contou com participação de mais de 500 fornecedores globais.
Analistas destacam que a entrada em operação cumpre uma promessa política feita em 2023 e aliviará a balança de pagamentos ao reduzir importações de combustíveis. Para o economista José Lumbo, ‘a longo prazo, o país pode assinalar resultados positivos em variáveis macroeconômicas’. O especialista Denílson Duro alerta desafios logísticos internos, especialmente na Sonangol, e enfatiza a busca pela autossuficiência energética. Segundo estimativas oficiais, a produção comercial deve começar em até três meses após o comissionamento.
7 Fontes
Funcionamento da Refinaria de Cabinda se traduz no cumprimento de promessa política, afirmam analistas
Presidente da República em Cabinda para inaugurar a primeira fase da refinaria
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