UNITA marca XIV Congresso para novembro
Por TopAngola ·

Resumo:
Adalberto Costa Júnior convocou o XIV Congresso da UNITA para final de novembro em Luanda, visando eleger nova direção e revisar estatutos.
Pontos-chave:
Em 28 de novembro de 2025, em Luanda, Adalberto Costa Júnior, líder da UNITA, anunciou oficialmente a convocação do XIV Congresso Ordinário do partido. O evento decorrerá nos dias 28, 29 e 30 de novembro, no Complexo Sovsmo, em Viana, observando os preceitos estatutários e o parecer favorável da Comissão Política, que planejou o cronograma e a composição da comissão organizadora.
O congresso visa, sobretudo, eleger o próximo presidente da UNITA, renovar a composição da Comissão Política e revisar os estatutos do partido. Entre os objetivos também estão a definição da linha política e a aprovação da estratégia e do programa geral. A organização protocolou as etapas do processo com ênfase no caráter democrático, inclusivo e participativo que caracteriza as reuniões ordinárias do partido.
No comunicado final, a UNITA expressou profunda preocupação com a situação socioeconômica do país, apontando o aumento do desemprego, o encarecimento da cesta básica e a perda do poder de compra das famílias. A direção responsabilizou práticas de gestão centralizadas e opacas pelo agravamento da pobreza e das desigualdades, reafirmou urgência de reformas estruturais, poder local autárquico e repúdio à criminalização de protestos.
A UNITA criticou a composição atual da Comissão Nacional Eleitoral, pedindo ajuste conforme os resultados de 2022 e rejeitando a decisão aprovada pela Assembleia Nacional. Militantes e simpatizantes são exortados a intensificar ações de proximidade nas comunidades, promover cidadania ativa e solidariedade social, além de apoiar membros injustamente detidos ou condenados. O comunicado destaca o compromisso com unidade, coesão interna e disciplina partidária.
Analistas afirmam que este congresso pode redefinir a estratégia da UNITA rumo às eleições de 2027, fortalecendo sua posição como principal voz da oposição em Angola. A expectativa é de debates intensos sobre políticas sociais e econômicas, atuação dos órgãos internos e dinâmica da composição partidária. Observa-se o esforço para consolidar a imagem democrática do partido, e especialistas acompanham de perto a coesão de base e capilaridade nas províncias.