Cheias em Kinshasa causam 29 mortes e desalojados
Por TopAngola ·
Resumo:
Chuvas intensas em Kinshasa deixaram ruas inundadas, deslizamentos e 29 mortos em oito regiões. Governo anuncia assistência às famílias afetadas.
Pontos-chave:
Entre a noite de 13 para 14 de junho, chuvas torrenciais atingiram Kinshasa, capital da RDC, surpreendendo a população durante a estação seca. Relatórios do Ministério do Interior indicam precipitações extraordinárias, que causaram inundações em quatro comunas principais — Ngaliema, Masina, Lemba e Matete — arrastando automóveis, bloqueando vias e provocando deslizamentos. Além disso, dezenas de casas foram destruídas, deixando diversas famílias desalojadas e com pertences perdidos.
Até domingo, autoridades confirmaram 29 mortos em oito regiões da cidade, superando o balanço inicial de 19 vidas perdidas. As vítimas foram registadas principalmente em Ngaliema, onde ocorrências de deslizamentos foram mais graves. Fontes locais relatam jornadas de buscas por desaparecidos, enquanto equipes de resgate batalham para chegar a áreas isoladas pela lama e detritos. Estradas e pontes sofreram danos materiais significativos, interrompendo o tráfego e complicando o apoio emergencial.
O vice-Primeiro-Ministro e Ministro do Interior, Jacquemain Shabani, liderou uma reunião de crise no domingo com o governador Daniel Bumba e representantes da Polícia Nacional. No encontro, definiu-se a criação de centros de acolhimento temporários e a distribuição de kits de emergência. O governo garantiu assistência financeira e médica para as famílias atingidas. Além disso, serviços meteorológicos nacionais intensificaram monitoramento, emitindo alertas antecipados de novas chuvas.
Esta catástrofe ocorre após inundações graves em abril, quando o rio Ndjili transbordou, alagando a avenida Lumumba e provocando 75 mortes. Na ocasião, foram demolidas construções irregulares em áreas de risco para prevenir futuras tragédias. Em maio, fortes chuvas já haviam matado 11 pessoas em Kinshasa, evidenciando a vulnerabilidade da cidade às mudanças climáticas. Organizações humanitárias se mobilizam para fornecer comida, água potável e abrigo, reforçando a solidariedade nacional.
Autoridades alertam que novas pancadas de chuva são esperadas nos próximos dias, reforçando a necessidade de precaução em áreas suscetíveis. População é orientada a evitar zonas baixas e a seguir instruções das equipes de emergência. Especialistas recomendam medidas de drenagem urbana e revisão das infraestruturas para reduzir impactos de futuros eventos extremos. Além disso, reforça-se a cooperação regional e investimentos em infraestrutura sustentável como estratégias de longo prazo.
