Quarta-feira, Setembro 10
Resumo

Crise diplomática na Ucrânia: fuga e recusa

Por TopAngola ·

2 min leitura
Crise diplomática na Ucrânia: fuga e recusa

Resumo: 

Dois eventos marcam crise diplomática ucraniana: diplomatas fugiram por proibição de saída e Zelensky rejeitou encontro com Putin em Moscovo.

Pontos-chave:

  • Desde fevereiro de 2022, a Ucrânia vive sob lei marcial que proíbe cidadãos até 60 anos de deixar o país. Em recente decreto presidencial, essa restrição foi estendida a antigos diplomatas, motivando constrangimentos internos e internacionais. A medida visa, segundo fontes, evitar declarações contrárias ao governo de Volodymyr Zelensky no exterior, alcançando membros do corpo diplomático anteriormente isentos desta norma restritiva.

  • Poucas horas antes da entrada em vigor do decreto, Dmitry Kuleba, antigo chefe da diplomacia ucraniana, deixou o país clandestinamente, descrito por ele próprio como uma fuga “como um ladrão” até à Polónia. Estima-se que mais de três milhões de ucranianos se refugiaram ali desde o início do conflito. O episódio levanta questões sobre a confiança das autoridades em seus diplomatas.

  • Em entrevista à ABC News, o presidente Volodymyr Zelensky rejeitou a proposta de Vladimir Putin para um encontro presencial em Moscovo. Zelensky argumentou que não pode visitar a capital de um país que ataca civis com mísseis diariamente. Ele reafirmou estar aberto a negociações “em qualquer formato” e sugeriu que, para construir pontes, Putin deveria deslocar-se a Kyiv. Sete países, incluindo Áustria e Turquia, ofereceram-se para acolher a cimeira.

  • Analistas destacam mudança no discurso presidencial: Zelensky afirmou que a Ucrânia já não busca expulsar todas as tropas russas para além das fronteiras de 1991, mas sim impedir a ocupação total do território. Essa nova meta mais realista pode facilitar uma saída diplomática para Kyiv. Observadores sugerem que tal ajuste visa consolidar apoios internacionais e preparar terreno para futuras negociações de paz.

  • Na frente de batalha, a superioridade russa em forças e armamentos tem pressionado posições ucranianas, conforme admitiu o CEMGFA general Sirsky. No último fim de semana, a Rússia lançou mais de 700 drones e cerca de 100 mísseis, recorde desde o início do conflito. Paralelamente, o ex-presidente Donald Trump anunciou renovação de conversas com Putin, prometendo discutir sanções e normalização das relações Washington-Moscovo.

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