Sábado, Agosto 16
Resumo

Jornalistas e líderes detidos por terrorismo

Por TopAngola ·

2 min leitura
Jornalistas e líderes detidos por terrorismo

Resumo: 

Jornalistas e líderes associativos foram detidos em Luanda sob acusação de terrorismo, suscitando protestos de sindicatos e apelos por transparência.

Pontos-chave:

  • Em 15 de agosto de 2025, o Serviço de Investigação Criminal (SIC) iniciou detenções em Luanda envolvendo líderes associativos e jornalistas, sob acusações de terrorismo, associação criminosa, incitação à violência e atentado contra a segurança nos transportes. Entre os detidos estão dirigentes da ATLA, ABTAXI e a cooperativa 2PN, além dos jornalistas Carlos Tomé e Alfredo Bumba, ambos acusados de crimes graves.

  • Segundo o SJA, advogados contratados fornecerão acompanhamento jurídico aos profissionais detidos, garantindo apoio nos processos e esclarecimento sobre as suspeitas que ainda carecem de comprovação oficial. O Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) também manifestou preocupação, alertando para o risco de uso de acusações de terrorismo como mecanismo de intimidação. Em comunicado conjunto, as entidades reforçam a importância da liberdade de imprensa e do devido processo legal.

  • As detenções baseiam-se em fortes indícios de envolvimento na promoção de atos de vandalismo e arruaça, bem como em acusações formais de associação criminosa, incitação à violência, atentado contra a segurança nos transportes e terrorismo. As investigações apontam suposto financiamento e coordenação de ações contra bens públicos e privados, ocorridas no final de julho, ainda sob análise do SIC. Os detalhes permanecem sob sigilo até apresentação de denúncias formais.

  • Dentre os detidos pelo SIC, destacam-se Leonardo Lopes, presidente da ATLA; Alfredo Armando Bumba, jornalista do Quadrante TV; Melo Celestino, líder da ABTAXI; Pedro Fernandes, da cooperativa 2PN; e Renato Cambungo, agente de vendas online. Também figuram o jornalista da TPA, Emiliano Carlos Tomé, e dois cidadãos russos, todos mantidos em prisão preventiva enquanto o inquérito avança. As idades dos implicados variam entre 20 e 48 anos.

  • A operação reacendeu o debate sobre a liberdade de imprensa em Angola e a linha tênue entre investigação jornalística e ilícitos. Observadores alertam que acusações de terrorismo podem restringir meios independentes. Essa mobilização judicial ocorre em meio a críticas nacionais e internacionais e pode ter repercussões políticas e sociais significativas. Analistas recomendam maior transparência e respeito ao devido processo para preservar o pluralismo e proteger profissionais da comunicação.

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