MPLA e UNITA debatem tumultos na greve de taxistas
Por TopAngola ·

Resumo:
Parlamentares do MPLA e da UNITA decidiram debater as causas e consequências dos tumultos na greve de taxistas, criticando a situação econômica.
Pontos-chave:
Em 14 de agosto de 2025, na Assembleia Nacional, parlamentares do MPLA e da UNITA acordaram realizar um debate urgente sobre as causas e consequências dos tumultos ocorridos durante a greve dos taxistas. A iniciativa foi aprovada de forma unânime pelas bancadas, destacando a necessidade de analisar precocemente os fatores que desencadearam os protestos e garantir medidas de responsabilização. A proposta visa fortalecer o diálogo político interno.
Os protestos, realizados entre 28 e 30 de julho, resultaram em pelo menos 30 mortes e mais de 1200 feridos, além de várias detenções. As manifestações foram motivadas por reivindicações de melhores condições de trabalho, mas degeneraram em episódios de vandalismo e pilhagem. Lideranças sociais e autoridades defenderam a investigação dos responsáveis e o apoio às famílias das vítimas para minimizar impactos humanos e sociais dessas ocorrências.
Em votação, os documentos que registram atos de vandalismo e pilhagem foram aprovados com 187 votos a favor, sem abstenções significativas. O deputado Francisco Viana (UNITA) expressou preocupação com o quadro socioeconômico do país, enquanto o deputado Maria Odeth Tavares (MPLA) apelou à população para evitar instrumentalização. A sessão evidenciou divergências partidárias, mas também um consenso emergente sobre a urgência em esclarecer responsabilidades políticas e legais.
Durante o debate, o deputado Nvunda Salukombu, do MPLA, sugeriu a presença de uma mão invisível de atores políticos por trás dos tumultos, insinuando ligação com interesses de oposição. Em contrapartida, o deputado Justino Pinto de Andrade, da UNITA, enfatizou que as parcelas mais excluídas da sociedade foram as principais vítimas, saindo às ruas em busca de bem-estar social. O tom das falas sinalizou crescente tensão política.
A proposta de debate extraordinário segue para deliberação na próxima sessão, com expectativa de que medidas concretas sejam apresentadas em prazos definidos. Analistas políticos observam que essa iniciativa pode servir de catalisador para reformas legislativas e diálogo social mais amplo, visando coibir futuros episódios de violência urbana. As atenções se voltam agora à agenda parlamentar e ao impacto dessas discussões na estabilidade nacional.