África aposta na conectividade para integração
Por TopAngola ·
Resumo:
Angola e a ONU promovem conectividade entre países africanos, visando integração regional, fomento ao turismo e diversificação económica.
Pontos-chave:
Em 24 de julho de 2025, em Luanda, Angola e organismos internacionais destacaram a necessidade de melhorar a conectividade aérea e de transporte entre os países africanos para reforçar a integração regional e facilitar a circulação de bens e pessoas. O ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, reiterou o compromisso de Angola com o Mercado Único de Transporte Aéreo Africano, alinhado à Agenda 2063.
Durante o encontro, Zurab Pololikashvili, secretário-geral da Organização Mundial do Turismo (OMT), apelou à reforçar a conectividade inter-regional, destacando que voos diretos, acordos bilaterais, integração de rotas multimodais, políticas harmonizadas e investimentos em infraestruturas aeroportuárias são essenciais para atrair visitantes estrangeiros, impulsionar economias locais, gerar empregos no setor, promover intercâmbio cultural entre as nações africanas, criar sinergias regionais e fortalecer a cooperação multilateral.
Segundo analistas, a diversificação económica beneficia-se diretamente de corredores de transporte eficientes, permitindo aos países africanos explorar novos mercados para produtos agrícolas, minerais e manufaturados. A redução da dependência de setores primários favorece a resiliência perante choques externos, estimula investimentos estrangeiros e fortalece cadeias de valor locais, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e geração de oportunidades em regiões antes isoladas.
Apesar do avanço, desafios persistem: a falta de harmonização de políticas aéreas e terrestres, carências em infraestrutura portuária e aeroportuária, e necessidade de financiamento adequado são obstáculos. Parcerias público-privadas e apoio de organismos multilaterais são fundamentais para superar gargalos logísticos, reduzir burocracia e estabelecer padrões comuns que garantam operações seguras e economicamente viáveis em toda a África, incluindo certificação unificada e capacitação profissional.
Para avançar, governos africanos e parceiros devem criar um fundo continental de infraestrutura, padronizar regulamentos de segurança e facilitar vistos para profissionais do setor. Projetos regionais de corredores multimodais já em estudo podem servir de modelo. Com vontade política e investimentos estratégicos, a conectividade promete transformar dinâmicas comerciais, estimular cooperação científica e reforçar a posição da África nos mercados globais nas próximas décadas.
