ONU amplia reconhecimento e tensão em Gaza
Por TopAngola ·

Resumo:
As adesões recentes ao reconhecimento da Palestina na ONU dividem aliados ocidentais e geram ofensiva em Gaza, elevando tensões regionais.
Pontos-chave:
Na 80ª Assembleia Geral da ONU, realizada em Nova York, vários países formalizaram o reconhecimento do Estado da Palestina, totalizando agora 152 membros que o apoiam. França, Reino Unido, Canadá, Austrália e Portugal aderiram a este movimento, enquanto excluem explicitamente o Hamas de qualquer futura participação política, destacando o caráter simbólico e diplomático destas decisões.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reforçou a oposição à criação de um Estado palestiniano e anunciou expansão de assentamentos na Cisjordânia. Os Estados Unidos, aliados históricos de Israel, condenaram o reconhecimento ocidental como apoio ao terrorismo, enquanto a Liga Árabe saudou a medida como correção de um erro histórico, encorajando outras nações a seguir o exemplo e promover a solução de dois Estados.
A operação militar israelense em Gaza intensificou-se após os reconhecimentos, resultando em mais de 65 mil mortos segundo fontes locais do Hamas e estimativas de até 300 mil corpos sob escombros. Hospitais como o de Al Shifa enfrentam colapso, com médicos relatando cenas de guerra: excesso de feridos, falta de insumos e gritos de desespero ressoando pelos corredores. Analistas alertam para um risco de catástrofe humanitária e da comunidade internacional.
Pequim pediu cessar-fogo imediato e reafirmou que Gaza “pertence ao povo palestiniano”, qualificando como parte inalienável de seu território. O porta-voz Guo Jiakun destacou a defesa da solução de dois Estados e exigiu que potências com influência sobre Israel assumam responsabilidades para proteger civis e promover uma paz justa, longe de ações unilaterais que agravem o conflito. A iniciativa chinesa complementa esforços diplomáticos da Liga Árabe e da União Europeia.
Autoridades palestinianas, incluindo o embaixador Riyad Mansour, apelam a sanções contra Israel para deter o que classificam de ‘genocídio’ em Gaza até que o Hamas seja extinto e reféns libertados. Organizações internacionais como a International Crisis Group alertam que sem medidas concretas o reconhecimento permanecerá simbólico, exigindo compromissos reais no terreno para viabilizar a paz e um Estado palestino funcional.
5 Fontes
Palestina ganha apoio diplomático de peso na Assembleia Geral da ONU
Liga Árabe saúda reconhecimento da Palestina por países ocidentais
China diz que Gaza "pertence ao povo palestiniano"
Médio Oriente: Israel aumenta intensidade da operação militar em Gaza como resposta musculada ao reconhecimento do Estado Palestiniano por 10 países ocidentais
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