Progresso no Porto do Caio gera impacto regional
Por TopAngola ·

Resumo:
O porto de águas profundas do Caio, em Cabinda, está com 65% das obras concluídas e deve impulsionar a economia, gerando empregos, reduzindo custos logísticos.
Pontos-chave:
Em 2 de setembro de 2025, o Presidente João Lourenço esteve em Cabinda para inspecionar as obras do Porto de Águas Profundas do Caio. Acompanhado pelo ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, avaliou o andamento geral e ouviu o cronograma da primeira fase, cuja conclusão está prevista para dezembro deste ano, reforçando o compromisso governamental com a infraestrutura portuária. O progresso chamou atenção pelos prazos acelerados.
As obras registram 65,58% de execução física e 77,4% de execução financeira. Destacam-se a construção do molhe de acesso e respectivo alargamento de 1.500 metros, com 46,6% concluído, o quebra-mar de 700 metros com 75,38% de execução e a ponte-cavalete de 500 metros, já em 83,2%. O aterro hidráulico está praticamente finalizado, com 98,2% de conclusão. As informações incluem redes técnicas e cais acostável.
Localizado em Cabinda, o porto do Caio será um hub logístico regional estratégico. Prevê-se uma zona franca de 300 hectares, parque de contentores de 45 hectares e áreas de armazenagem para carga geral e automóveis. A projeção inicial indica geração de 1.600 empregos diretos e cerca de 30 mil indiretos. Os investimentos estimados ultrapassam centenas de milhões de dólares.
O terminal contará com um canal de aproximação de 25 km e profundidade de 15 metros, um círculo de manobras de 600 metros de diâmetro e bacia de atracação com 14 metros de profundidade. A infraestrutura incluiu redes de energia e água, um cais acostável de 700 metros e quebra-mar de 700 metros. Atende às normas da Organização Marítima Internacional.
Espera-se que o funcionamento do porto contribua com até 20% de impacto positivo no PIB de Cabinda, reduzindo a taxa de desemprego para cerca de 16%. A diminuição dos custos logísticos deverá refletir-se em preços menores de bens de consumo. Analistas apontam que a infraestrutura pode se tornar catalisadora do desenvolvimento regional e integrar a província ao mercado nacional e internacional.