Chivukuvuku vs. Canga pelo comando do PRA-JA
Por TopAngola ·
Resumo:
Congresso inaugural do PRA-JA valida Abel Chivukuvuku e Francisco Canga à presidência; campanha aberta e votação marcada para 19-22 de Maio.
Pontos-chave:
Em 1 de maio de 2025, a comissão eleitoral do PRA-JA Servir Angola anunciou que Abel Epalanga Chivukuvuku e Francisco Canga cumpriram os requisitos para concorrer à presidência no 1.º Congresso Constitutivo. A decisão encerra cinco anos de disputas legais iniciadas em 2019 e abre caminho para a primeira escolha formal da liderança do partido legalizado em outubro de 2024.
O conclave terá lugar de 19 a 22 de maio em Luanda, com 750 delegados — metade do número inicialmente previsto — por razões logísticas e financeiras. Durante o encontro serão debatidas metas de governação para 2027-2032, estratégia de angariação de recursos para a campanha 2025-2027 e a posição do partido na Frente Patriótica Unida (FPU) perante o cenário “ser Governo ou fazer parte do Governo”.
Apesar de divergências internas, a subcomissão confirmou Francisco Canga mesmo com irregularidades em documentos de dois vices que não são fundadores, requisito estatutário. Carlos Xavier Lucas disse que preservar concorrência é prioridade, “mesmo sem consenso total”. O regulamento aceita apenas membros fundadores na presidência, mas a comissão concluiu que a candidatura principal de Canga cumpre esse critério. Para o cargo.
O PRA-JA foi legalizado em outubro de 2024 após decisões sucessivas do Tribunal Constitucional desde 2019. O partido compõe com a UNITA e o Bloco Democrático a Frente Patriótica Unida, coligação que disputou as eleições de 2022. A escolha do líder influenciará a coordenação futura da FPU e a capacidade de mobilizar apoios contra o MPLA nas legislativas de 2027.
As campanhas internas começam imediatamente; ambos os candidatos devem apresentar “linhas de força” aos delegados, focando reforma económica, inclusão juvenil e captação de financiamentos. A votação final ocorrerá no último dia do congresso e anunciará o primeiro presidente eleito do PRA-JA. Observadores veem o processo como teste da vitalidade da oposição angolana além da tradicional disputa MPLA-UNITA na paisagem política nacional.
