Quinta-feira, Julho 17
Resumo

Índice RSF 2025: Imprensa sob pressão global

Por TopAngola ·

2 min leitura
Índice RSF 2025: Imprensa sob pressão global

Resumo: 

RSF aponta nível crítico na liberdade de imprensa mundial em 2025; Angola sobe quatro lugares, mas crise económica e concentração minam meios.

Pontos-chave:

  • Em 2 de maio de 2025, a RSF divulgou o Índice Mundial de Liberdade de Imprensa 2025, classificando o estado global como “situação difícil” pela primeira vez. O indicador económico atingiu o ponto mais baixo já medido, mostrando que a sobrevivência financeira é hoje o principal obstáculo à independência editorial. Em todo o mundo, repórteres relatam aumento de censura, violência e falta de acesso a fontes oficiais.

  • Dos 180 países avaliados, 160 (88,9 %) têm receitas instáveis; quase um terço já viu redações fecharem. Sem dinheiro, jornais correm atrás de cliques em vez de investigação. Google, Apple, Facebook, Amazon e Microsoft absorvem publicidade: em 2024, anúncios nas redes sociais somaram 247,3 mil milhões USD, desviando fundos do jornalismo tradicional. Alguns títulos locais não resistem e fecham portas em semanas.

  • A concentração de propriedade agrava o quadro: em 46 países, poucos grupos ou o Estado controlam a imprensa. Rússia (oligarcas pró-Kremlin), Hungria (publicidade estatal seletiva) e leis de “influência estrangeira” na Geórgia ou Hong Kong são citados. Até Austrália e França enfrentam o problema; entrevistados dizem que os donos interferem “sempre ou frequentemente” na linha editorial. A pluralidade fica em risco.

  • Em Angola, o ranking subiu quatro posições (100.º), mas o setor continua estatizado. Das 23 rádios, só Ecclesia e MFM são independentes; licenças ficam retidas. Desde 2020, o grupo Media Nova passou para controle governamental. O Presidente João Lourenço limita conferências, e o acesso a dados públicos é difícil, alimentando autocensura de Luanda ao Cunene. Iniciativas comunitárias continuam bloqueadas.

  • Os riscos humanos cresceram: 34 países tiveram encerramentos em massa e exílio de jornalistas. A guerra em Gaza tornou a Palestina o lugar mais letal; dezenas morreram. Nos EUA, o segundo mandato de Donald Trump cortou verbas da USAGM e USAID, criando desertos noticiosos e privando 400 milhões de pessoas de informações fiáveis, alerta a RSF. Centenas encontram refúgio no exterior.

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