Quarta-feira, Julho 16
Resumo

Julgamento de Kopelipa e Dino é suspenso

Por TopAngola ·

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Julgamento de Kopelipa e Dino é suspenso

Resumo: 

O julgamento dos generais Kopelipa e Dino foi suspenso até 30 de julho. Ministério Público e defesa têm prazo para apresentar alegações finais.

Pontos-chave:

  • Em 15 de julho de 2025, a Câmara Criminal do Tribunal Supremo suspendeu o julgamento dos generais Manuel Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa” e Leopoldino Fragoso do Nascimento “Dino” até ao dia 30. A suspensão visa conceder prazo adicional para produção de provas e organização de estratégias de defesa.

  • A juíza-presidente Anabela Vante anunciou a medida após a audição do empresário Hélder José Bataglia dos Santos, fundador e líder do grupo Escom. Ele prestou depoimento como declarante principal, oferecendo informações sobre operações financeiras internacionais do Grupo Espírito Santo em África. O tribunal avaliou criteriosamente suas declarações antes de decidir pela suspensão, reforçando o caráter técnico da fase de instrução.

  • Na sessão, também foram lidas declarações preparatórias de três testemunhas que não compareceram presencialmente, registradas durante a fase inicial do processo. Os depoimentos, colhidos por especialistas da Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal (DNIAP), abordaram transações financeiras e relacionamentos institucionais envolvidos nas acusações. A previsão é que esses registros fundamentem as alegações de defesa e a estratégia do Ministério Público.

  • No novo calendário, MP e defesa dispõem de 15 dias para elaborar alegações finais, com base em provas documentais e testemunhais. Após esse prazo, o tribunal poderá retomar o julgamento, realizar acareações ou determinar diligências adicionais. A suspensão evidencia o caráter técnico e a relevância política do processo, envolvendo altos escalões militares e empresas internacionais. Essa fase final pode decidir o desfecho judicial e político do caso.

  • Além de Kopelipa e Dino, figuram como arguidos o advogado Fernando Gomes, o empresário chinês Yiu Haiming e três empresas offshore. São acusados de peculato, burla por defraudação, falsificação de documentos, associação criminosa e abuso de poder. O processo, conduzido pela DNIAP, tem repercussões significativas para o combate à corrupção em Angola e acompanha-se com atenção nacional e internacional. Analistas observam que o caso pode influenciar futuras reformas jurídicas.

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